Os testes sorológicos clássicos utilizados na triagem de doadores de sangue são trabalhosos e subjetivos. O objetivo do presente trabalho é o de avaliar a metodologia imuno-enzimática (ELISA) e propor um algorítmo para doença de Chagas em bancos de sangue. Foram estudados 7999 doadores de sangue e/ou componentes cujas amostras foram testadas com o objetivo de tria-las sorologicamente para doença de Chagas utilizando hemaglutinação passiva reversa (RPHA) e imunofluorescência indireta (IFA). As amostras reativas em pelo menos uma destas metodologias, foram retestadas com reativos diferentes por RPHA, IFA e fixação de complemento (CFA). Esta estratégia nos permitiu criar um painel de 60 amostras com as quais tornou-se possível a avaliação do método imunoenzimático (ELISA). A sensibilidade da triagem dos doadores pelos métodos ELISA e IFA foi de 100%. A especificidade foi melhor para a metodologia imunoenzimática. O teste ELISA parece ser o ideal para triagem em bancos de sangue pois é altamente sensível, específico, não é subjetivo e pode ser automatizado. Desta forma, torna-se possível a formulação de um algorítimo a ser utilizado na triagem sorológica e confirmação de resultados em doadores de bancos de sangue.
Doença de Chagas; Sorologia da doença de Chagas; Triagem de doadores de sangue; Método imunoenzimático (ELISA)