Um total de 1397 soros colhidos de 1095 casos de exantema notificados como sarampo, nos estados do ES e RJ, no período de julho de 1992 a dezembro de 1994, foram investigados. Estes soros foram inicialmente testados para sarampo e rubéola por detecção de IgM específica. Os casos negativos foram então testados para a presença de IgM específca anti-B19 por um ensaio imunoenzimático. A infecção pelo B19 foi confirmada em 27 (2,5%) destes casos. Soros de 194 casos negativos para sarampo e rubéola provenientes de outros estados brasileiros foram também investigados, e a infecção pelo B19 pode ser confirmada em 11 destes casos. Os soros dos 38 casos IgM positivos para B19 foram testados para a presença de IgG específica anti-B19 por um ensaio imunoenzimático, e para a presença do ADN viral por hibridização em "dots" (dot blot). IgG específica anti-B19 pode ser detectada na maioria dos soros de fase aguda, e o ADN viral foi detectado no soro de fase aguda de um paciente esplenectomizado. Como o exantema causado pela infecção pelo parvovírus humano pode ser clinicamente diagnosticado como rubéola, seria importante realizar o diagnóstico desta virose no Brasil, já que um aumento no número de casos de exantema por B19 tem sido relatado nos países onde a rubéola é controlada por vacinação.
Parvovírus Humano B19; Doença Exantemática; Sarampo; Rubéola