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Um esquema antimonial alternativo para ser empregado na leishmaniose cutânea quando altas doses de antimônio são indesejáveis

Apesar de utilizado há mais de meio século no tratamento da leishmaniose, o antimônio apresenta ainda problemas quanto a sua toxicidade e dose ideal. Doses baixas têm se mostrado tão eficazes quanto doses altas. Neste trabalho, apresentamos o resultado do emprego de uma ampola de antimoniato de meglumina intramuscular, em dias alternados, até a cura clínica, numa série de 40 casos. A dose total utilizada, por paciente, variou de 1.822,5 a 12.150mg de antimônio pentavalente e o tempo de tratamento de 3 a 10 semanas com eficácia de 86%. Dos 40 pacientes estudados, 36 ainda estão em acompanhamento, com um tempo médio de 10,7 ± 7 meses e média de 9 meses. Não houve recidivas nem lesões mucosas. O esquema utilizado foi bem tolerado, de fácil aplicação, eficácia comparável ao esquema oficialmente preconizado pela OMS, mostrando-se como valiosa alternativa para os casos com potencial toxicidade ao antimônio ou cuja aplicação de injeções diárias represente um obstáculo ao tratamento.

Leishmaniose cutânea; Antimônio pentavalente; Baixa dose; Tratamento sistêmico


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