Para determinar parâmetros associados à evolução da sepse, foi realizado estudo retrospectivo de 5 anos em um hospital universitário. Foram avaliados 104 pacientes consecutivos com sepse, sendo 55,8% homens. A mortalidade foi de 68,3%, associada à idade elevada (p<0,05). Doenças crônicas associadas e sítio de infecção não relacionados ao prognóstico. Identificação de bactérias gram-positivos foi mais frequente em sobreviventes (p<0,05) e não detecção do germe foi associada à mortalidade (p<0,01). O uso apropriado de antibióticos (germe sensível a pelo menos uma droga administrada) foi associado à sobrevida (p<0,0001) enquanto uso inapropriado (p<0,05) ou empírico (p<0,01) foi mais freqüente em não sobreviventes. No diagnóstico, leucocitose foi a principal (54,8%) alteração no leucograma. Na evolução, leucograma normal foi associado à sobrevida (p<0,01) e leucocitose à mortalidade (p<0,05). Em conclusão, a mortalidade foi associada à ausência de detecção do germe, leucocitose na evolução da sepse e uso inapropriado ou empírico de antibióticos. O tratamento baseado em evidências e direcionado para fatores de risco que podem ser modificados deve melhorar o prognóstico do paciente com sepse.
Sepse; Prognóstico; Antimicrobianos; Fatores de risco