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Estudo ultraestrutural das alterações morfológicas de vermes machos de Schistosoma mansoni após exposição in vitro à alicina

INTRODUÇÃO: O alho apresenta uma ampla gama de ações, incluindo antibacteriana, antiviral, antifúngico, antiprotozoário e anti-helmíntico. Esta atividade antiparasitária tem sido atribuída à alicina, que é o principal constituinte do alho. O presente estudo teve como objetivo investigar a ação in vitro da alicina no tegumento de vermes adultos de Schistosoma mansoni utilizando a microscopia eletrônica de varredura. MÉTODOS: Camundongos Swiss Webster foram infectados com cercárias de S. mansoni (100 por camundongo) e sacrificados 50 dias depois para aquisição de vermes adultos. Estes vermes foram coletados por perfusão e colocados em meio RPMI 1.640 a 37°C antes de transferir para o meio RPMI contendo 0 (controle), 5, 10, 15 e 20mg/mL de alicina, onde eles foram incubados por 2h. Os vermes foram fixados em uma solução de glutaraldeído a 2,5%, lavados duas vezes, pós-fixados em tetróxido de ósmio, lavados duas vezes e então desidratados em séries crescentes de etanol. As amostras foram secadas, montadas em stubs, metalizadas em ouro e visualizadas utilizando o microscópio eletrônico de varredura. RESULTADOS: A concentração de 5mg/mL causou o enrugamento do tegumento; a concentração de 10mg/mL resultou em alterações nos tubérculos e perda ou modificações nos espinhos. Com 15 e 20mg/mL crescentes danos no tegumento pode ser visto, tais como formação de vesículas e presença de úlceras. CONCLUSÕES: Esses resultados demonstram os efeitos da alicina nos vermes adultos de S. mansoni e indicam que a maioria das alterações ocorrem numa concentração maior do que a normalmente indicada para o tratamento.

Alho; Schistosoma mansoni; Microscopia eletrônica de varredura


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