Um caso agudo de doença de Chagas foi estudado em 1944, com seguimento clínico e laboratorial até 2007, em Bambuí, Minas Gerais, Brasil. Vivendo em rancho rural altamente infestado por Triatoma infestans, e apresentando um quadro clínico febril compatível com forma aguda da tripanossomíase, uma menina de cinco anos teve gota espessa positiva, nunca mais apresentando evidências sorológicas ou parasitológicas de infecção pelo Trypanosoma cruzi, em variadas oportunidades. A paciente nunca foi tratada especificamente e permanece, até o presente, completamente assintomática, com exames clínicos eletrocardiográficos, radiológicos e ecocardiográficos normais.
Doença de Chagas; Cura espontânea; Estudo longitudinal