O artigo aborda o problema da criminalidade violenta urbana no Brasil após a década de setenta, procurando apresentar uma nova perspectiva de análise. Seu argumento é que as interpretações correntes, que vinculam o aumento da criminalidade, especialmente a organizada, à crise institucional são inadequadas, pois não consideram a especificidade do problema, tanto do ponto de vista teórico como, e principalmente, do ponto de vista prático. A criminalidade organizada é uma realidade social com lógica própria, até agora não estudada, e que funciona com certa independência em relação a outros problemas e fenômenos sociais, como a "crise do Estado".
violência urbana; criminalidade organizada; manutenção da ordem pública; exclusão social