Møller & Stone, 2012Møller, M. & Stone, D. (2012) Disciplining Disability under Danish Active Labour. Social Policy & Administration, 47(5), pp. 586-604. DOI: 10.1111/j.1467-9515.2012.00835.x https://doi.org/10.1111/j.1467-9515.2012...
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Categorias sociais e políticas mobilizadas pelos BNR na identificação de grupos de risco na política preventiva |
Sim. O artigo analisa como os assistentes sociais entendem a política de trabalho e internalizam as pressões das reformas gerenciais para disciplinar os cidadãos e uns aos outros. |
Sim. Artigo contribui empiricamente e teoricamente. Foram selecionadas histórias em que os assistentes sociais categorizaram os usuários em bons e maus cidadãos, bons e maus clientes e bons e maus assistentes sociais. |
Møller & Harrits 2013 |
BNR implementadores de políticas preventivas com crianças |
Sim. O artigo analisa os efeitos das construções das categorias políticas e sociais de grupo de risco e suas implicações na implementação da política preventiva dinamarquesa. |
Sim. Artigo contribui empiricamente e teoricamente. Identifica que as categorias sociais e o senso comum influenciam na construção de grupos-alvo a partir de padrões sobre normalidade julgados pelos profissionais. |
Harrits & Møller 2013. |
BNR implementadores de políticas preventivas com crianças |
Sim. O artigo demonstra os objetivos das políticas são ambíguos e vagos. Os BNR, pessoas chave para implementar essas políticas, adequam as regras discricionariamente. |
Sim. Artigo contribui empiricamente e teoricamente. As práticas discricionárias diárias muitas vezes também estão implícitas, baseadas no raciocínio intuitivo e em julgamentos pessoais. |
Møller, 2016. |
Categorização dos usuários realizadas por assistentes sociais |
Sim. Apesar de não ser o objetivo do artigo, demonstra indiretamente que as categorizações podem levar ao não atendimento da necessidade do usuário ao trazer estereótipos. |
Sim. Artigo contribui empiricamente e teoricamente. Demonstra que as regras e os estereótipos sociais informam a categorização e a discrição. |
Harrits, 2019. |
Estereótipos, julgamentos e discricionariedade dos BNR |
Sim. O uso do estereótipo é condicionado pelas diferenças de classes e pelos contextos sociais. Sugeriu que para diminuir os estereótipos utilizados pelos BNR, deve-se aumentar a heterogeneidade social. |
Sim. Artigo contribui empiricamente e teoricamente. A ativação do estereótipo é condicionada pela classe e também pela homogeneidade dos contextos sociais das instituições de rua. |
Milanezi & Silva, 2019. |
Prática do silêncio dos profissionais da ESF perante a focalização da saúde pública na população negra |
Sim. A pesquisa identificou a dificuldade de se falar e agir para mitigar efeitos da raça entre profissionais da saúde pública e, portanto, a não implementação na política na ponta. |
Indiretamente. Trabalha indiretamente com a noção de categorização (silêncio como resistência, desconhecimento e ausência de expedientes estatais), mas sem embasar na teoria e metodologia. Cita Duboi, mas não discute reprodução de estereótipos com base em sua teoria. |
Viana, 2019. |
Resistência da BNR na implementação do programa Minha Casa Minha Vida-Entidades |
Sim. Analisou o papel desempenhado por atores da burocracia federal na mitigação de processos de exclusões decorrentes da implementação da política habitacional. |
Não. A pesquisa não analisa a atuação da burocracia de nível de rua envolvida com a implementação do programa e não discute a categorização promovida por estes profissionais. |
Jaccoud & Abreu, 2019. |
Compreensão dos trabalhadores do SUAS que agem na ponta sobre o público e as ações que desenvolvem |
Sim. A pesquisa demonstra os BNR influenciam na implementação ao ativarem suas percepções, leituras e valores. Sua atuação pode interferir na consistência, na regularidade e nos resultados da intervenção pública. |
Indiretamente. O artigo não trabalha com o conceito de categorização e julgamento. Utiliza a teoria do guichê de Duboi. A pesquisa baseou-se no reconhecimento de que a intervenção no social é atravessada por categorias discursivas, percepções e valores heterogêneos. |
Pessoa 2019. |
Como o Juizado Especial Cível tem de fato produzido/ampliado (ou não) um maior acesso à justiça. |
Sim. A pesquisa identificou que a forma como o Juizado Especial Cível está implementado pode gerar efeitos simbólicos de exclusão aos usuários. |
Não. A pesquisa não analisa a categorização dos usuários e benefícios por parte da burocracia de nível de rua envolvida com a implementação JEC. |
Lotta, 2019. |
As interações, as práticas desenvolvidas e a construção de categorias e julgamentos operados pelos ACS na implementação. |
Sim. O artigo chama a atenção de que a dimensão da discricionariedade e das escolhas e os julgamentos dos profissionais da saúde deve ser elemento central no desenho da política. |
Sim. Artigo contribui empiricamente e teoricamente. Além da análise de como as categorizações e julgamentos são operadas pelos ACS, o artigo contribui para avançar na discussão teórica de como este processo impacta na desigualdade. |
Oliveira & Carvalho 2019. |
Processos de categorização e julgamento que incidem sobre os alunos com atraso escolar. |
Sim. O artigo demonstra que dentre os fatores como entrave para a implementação bem-sucedida, então a resistência dos agentes por conta da indisciplina e desmotivação dos alunos nelas inseridos. |
Sim. Apesar de não trabalhar com o conceito de categorização e julgamento, contribui empiricamente e teoricamente. A discussão teórica se baseia em Bourdie e Maynard-Moody e Musheno. A pesquisa deixa claro que os processos de julgamento, classificação e seleção que incidem sobre os usuários podem ter efeitos excludentes. |
Ferreira et al, 2019. |
Práticas cotidianas de seus operadores na “ponta”: as polícias, o Ministério Público e o Poder Judiciário. |
Sim. A pesquisa demonstra os processos e mecanismos de reprodução de desigualdades sociais ocorrem na implementação e no desenho da política. |
Indiretamente. Artigo contribui empiricamente ao reforçar que a discricionariedade é condicionada por certos atributos do cidadão. Não trabalha com o conceito de categorização e julgamento. A análise teórica se baseia apenas em Lipsky e na teoria criminológica. |
Penna 2019. |
Interação entre beneficiários e servidores do Incra na implementação |
Sim. O artigo demonstra que a mediação entre o usuário-cliente e o agente gera efeitos sobre as práticas de implementação das políticas – viabilizando-as em última instância – e sobre a organização dos clientes dentro do assentamento. |
Sim. Apesar do artigo não trabalhar com o conceito de categorização e julgamento, avança neste debate indiretamente. Utiliza a teoria do guichê de Duboi ao discutir o “perfil de cliente da reforma agrária”. |
Eiró, 2019. |
Relação entre representações da pobreza e o poder discricionário dos agentes responsáveis pela aplicação do PBF. |
Sim. O artigo discute que a assimetria de relacionamento dos BNR do PBF com as beneficiárias do programa e evidencia que esse relacionamento está muito distante do que seria ideal: o encontro do cidadão com a administração. |
Sim. Apesar do artigo não trabalhar com o conceito de categorização e julgamento, avança indiretamente. Utiliza a teoria do guichê de Duboi. Discute que as representações dos assistentes sociais sobre pobreza distinguem os usuários em pobres “merecedores” e “não merecedores”. |
Oliveira & Peixoto, 2019. |
Implementação do programa oportunidade (México). |
Sim. O artigo discute como o desenho institucional do programa contribui para a produção e o agravamento de desigualdades sociais. Evidencia que as condicionalidades do programa podem reforçar e/ou agravar a desigualdade. |
Indiretamente. Apesar do artigo não trabalhar com o conceito de categorização e julgamento, discute como questões morais e ideologias de cunho liberais influenciam nas relações com os agentes de base. |
Marins, 2019. |
Beneficiários dos programas de transferência condicionada de renda. |
Sim. O artigo demonstra que o julgamento dos BNR afeta a implementação do programa e colaboram na perpetuação da desigualdade. |
Indiretamente. Apesar de artigo contribuir empiricamente para o avanço da discussão, pouco contribui com a discussão teórica. O artigo evidencia os estigmas que as beneficiárias dos programas de renda sofrem por parte da sociedade e dos cadastradores. |
Bega & Santos, 2019. |
Relações entre agentes públicos e usuários da política de habitação de interesse social em Curitiba. |
Sim. O artigo discute como as diferentes formas de acesso às políticas públicas de habitação e as categorias normativas utilizadas para filtrar a demanda por serviços públicos podem reforçar estigmas e reproduzir desigualdades. |
Indiretamente. Apesar do artigo não trabalhar com o conceito de categorização e julgamento, avança neste debate ao demonstra como o trabalho social pode reproduzir desigualdades e reforçar estigmas. |
Worcman & Morganti, 2019. |
O proibicionismo sobre os modelos de cuidado às pessoas que fazem uso problemático de drogas e que são pautados pela lógica da redução de danos (RD). |
Sim. O artigo discute como proibicionismo, que é o senso comum como o modelo eficaz de tratamento, atravessa e influencia o manejo de alguns dos casos trabalhados no CAPS. |
Não. A pesquisa não analisa a burocracia de nível de rua envolvida com a implementação da política de drogas e não discute a categorização promovida por estes profissionais. |
Lotta, 2018. |
A atuação dos Agentes Comunitários de Saúde |
Sim. A pesquisa demonstra que o exercício da discricionariedade dos ACS é influenciado por fatores institucionais e relacionais, de forma que os resultados das políticas podem ser, em parte, explicados pelas interações estabelecidas pelos agentes. |
Indiretamente. Apesar do artigo não trabalhar com o conceito de categorização e julgamento, avança no debate indiretamente. Demonstra que a atuação discricionária dos BNR é altamente influenciada por suas trajetórias profissionais e perfil relacional. |
Camargo & Carvalho, 2019. |
Burocracia de Médio Escalão e Burocracia de Nível de Rua da política de educação inclusiva na Rede Municipal de Corumbá/Mato Grosso do Sul |
Sim. A pesquisa demonstrou que são múltiplos fatores que impactam no resultado da política: falta de recurso, a descontinuidade, a discricionariedade e a percepção dos agentes. |
Indiretamente. O artigo não trabalha com o conceito de categorização e julgamento, mas discute como a percepção dos agentes impacta no resultado da política. O capacitismo, presente nos discursos e nas ações dos agentes não consideram as especificidades dos alunos. |
Lima & D’Ascenzi, 2017. |
BNR na Política Nacional de Humanização nas unidades básicas de saúde de Porto Alegre. |
Sim. A pesquisa identificou que os implementadores, diante da falta de treinamento nos marcos da política, da percepção de carência de recursos e do baixo grau de apoio, forjaram um entendimento peculiar dos objetivos e das estratégias da política. |
Não. Apesar do artigo discutir como os BNR, devido à falta de capacitação, resinificaram a e adequaram a política, não analisa a atuação com foco na categorização, julgamento e estigma durante a interação com o usuário |