Em 1986 pesquisou-se, junto a 254 crianças de até 6 anos de idade, residentes em duas favelas de Belo Horizonte (Brasil), o impacto das medidas de melhoramento do abastecimento de água e esgoto na incidência de diarréia e parasitose intestinal. Até então, a incidência de diarréia era estimada em 6,2 casos por criança e ano, com uma duração predominante de 31,0 dias por caso/criança/ano. A taxa de difusão de parasitose alcançava 70,7% (Ascaris lumbricoides: 55,4%, Trichuris trichiura: 19,6%; Giardia lamblia: 17,9%). Após os melhoramentos no abastecimento de água e esgoto, a incidência de diarréia caiu para 45% e 44%, respectivamente. Quanto à parasitose, entretanto, não se constatou nenhum impacto estatisticamente significante. Também verificou-se que o grau de educação escolar e práticas de desmame são determinantes de grande importância na incidência de diarréia.
Diarréia; Helmintíase; Abastecimento de água; Saneamento