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Impacto do status socioeconômico na saúde de idosos brasileiros

OBJETIVO: Investigar o impacto do status socioeconômico na saúde de idosos. MÉTODOS: Utilizou-se a base de dados transversal Inquérito sobre a Saúde, o Bem estar o Envelhecimento na América Latina e Caribe. Analisaram-se 2.143 idosos (60 anos ou mais) residentes em domicílios, na área urbana de São Paulo, no ano de 2000. Modelos de regressões lineares estimaram o efeito dos indicadores de status socioeconômico (anos de estudo completos, ocupação e poder de compra) nos indicadores de saúde: depressão, auto-avaliação da saúde, morbidade e capacidade de memória. O nível de significância adotado foi de 5%. RESULTADOS: Observou-se efeito significativo dos anos de estudo e do poder de compra na auto-avaliação da saúde e na capacidade da memória, quando controlado pelas variáveis: número de doenças antes dos 15 anos de idade, ter ficado na cama ao menos por um mês por problema de saúde antes dos 15 anos, auto-avaliação da saúde na infância, arranjos de vida, sexo, idade, estado civil, tipo de seguro de saúde, ingestão de remédios. Somente a capacidade de compra apresentou efeito na depressão. Apesar das análises bivariadas indicarem uma associação entre status socioeconômico e o número de doenças (morbidade), este efeito desapareceu quando os controles entraram no modelo. CONCLUSÕES: Os resultados confirmam a associação entre indicadores socioeconômicos e a saúde dos idosos brasileiros, mas somente entre alguns indicadores e certos aspectos da saúde.

Saúde do idoso; Condições sociais; Fatores socioeconômicos; Estudos transversais; SABE; Brasil


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