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Resumos dos trabalhos apresentados nas reuniões científicas do Departamento de Higiene e Medicina Tropical da Associação Paulista de Medicina, em Setembro de 1971

NOTAS E INFORMAÇÕES NOTES AND INFORMATIONS

Resumos dos trabalhos apresentados nas reuniões científicas do Departamento de Higiene e Medicina Tropical da Associação Paulista de Medicina, em Setembro de 1971

Reunião científica de 17-9-1971

CORRÊA, R. de R. & ROSÁRIO, F. F. – Técnica de Kato e Miura: estudo de alguns aspectos básicos.

RESUMO

Conciliando simplicidade de execução com a eficiência dos processos de enriquecimento, a técnica de Kato e Miura desperta particular interesse, em nosso meio, sob o ponto de vista do diagnóstico da esquistossomíase mansoni por meio do exame das fezes. Utilizando-se 200 amostras de fezes humanas normais, estudaram-se aspectos unitários do processo com o fim de determinar, não só suas teses teóricas, mas também sua adaptabilidade a diversas situações práticas. Prensagem das fezes: sem acréscimo de líquido, as fezes prensadas de modo a formar preparações de 0,1 mm mostram-se mais diáfanas do que esfregaços, da mesma espessura, diluídos em água. Lamínula flexível: adaptando-se às irregularidades da superfície do esfregaço, permite o afastamento de detritos entre os elementos parasitários e a superfície interna da mesma. Solução de glicerina: por causa de seu alto índice de refração (n = 1,411) atua como diafanizadora. Pode ser substituída por outros líquidos, miscíveis em água, empregados na montagem de preparações microscópicas (goma de Apáthy, geléia de glicerina, soluções de sacarose, etc.). Não sendo possível a verificação da viabilidade dos ovos de Schistosoma mansoni em preparações feitas segundo a técnica original de Kato e Miura, por causa da ação da solução de glicerina, observa-se que a simples prensagem de uma porção de fezes, sem acréscimo de qualquer líquido, permite, não só o diagnóstico, mas também a visualização dos miracídios. Nesse caso, mostraram-se mais adequadas laminillas de plástico impermeável. O rendimento é apenas um pouco menor do que o que se consegue com acréscimo de líquido diafanizador. Geléia de glicerina, acrescentada em pequenas quantidades diafanizadoras resultantes de seu alto índice de refração (n = 1,474) com a preservação dos miracídios.

Unitermos: Técnica de Kato e Miura*; Enteroparasitoses*; Schistosoma mansoni*.

RAMOS, A. da S.; PIZA, J. de T.; MORAIS, L. V. C. de & TAKATU, L. – Biomphalaria glabrata (Pulmonata – Planorbidae) no Estado de São Paulo, Brasil.

RESUMO

O propósito de melhor conhecer a disseminação da Biomphalaria glabrata no Estado de São Paulo levou a Superintendência da Campanha de Combate à Esquistossomose a intensificar os trabalhos de investigação, cujos resultados são agora apresentados. A pesquisa foi realizada em 355 municípios dos 572 do Estado. Até o presente, Biomphalaria glabrata havia sido assinalada em 6 municípios do Estado de São Paulo. Com os resultados ora obtidos elevou-se para catorze o número de municípios onde ela ocorre, todos localizados no Vale do rio Paranapanema. Incluindo os municípios anteriormente registrados, a existencia de biótipos naturais de glabrata foi verificada nos seguintes: Assis, Candido Mota, Chavantes, Coronel Macedo, Fartura, Ipauçu, Itapeva, Itaporanga, Ourinhos, Ribeirão do Sul, Santa Cruz do Rio Pardo, Taquarituba, Taguaí e Itaberá. Os criadouros observados foram, na ordem de maior freqüencia, os seguintes: córregos, nascentes, valas de drenagens, valas de irrigação, lagoas, depressões naturais, canteiros de agrião, tanques, escavações de olaria (antigos barreiros), escavações de pedras e brejos. Em alguns desses criadouros tem sido observada a coexistencia de B. glabrata com B. peregrina ou com B. intermedia. Com referencia a focos ativos, foram verificados índices de infecção natural em Assis (1,4 a 5,3%), Ipauçu (0,49%) e Ourinhos 0,08 a 5,3%). Um quadro e um mapa do Estado com municípios onde este planorbídeo foi encontrado são também apresentados .

Unitermos:Biomphalia glabrata*; Planorbidae*; Esquistossomose*; Biomphalaria peregrina; Biomphalaria intermedia.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    18 Set 2006
  • Data do Fascículo
    Mar 1972
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