OBJETIVOS: Avaliar a qualidade microbiológica de leite pasteurizado comercializado, isolar e identificar sorologicamente cepas de Escherichia coli enteropatogênica clássica (EPEC) nesse alimento. MÉTODOS: Foram estudadas 90 amostras de leite pasteurizado, de três marcas comerciais diferentes, dos tipos B e C, obtidas em padarias e supermercados do Rio de Janeiro, RJ. A contagem de coliformes totais e fecais foi estimada aplicando-se a técnica do número mais provável. A quantificação de microorganismos mesófilos, psicrotróficos e termodúricos foi determinada pela técnica da contagem padrão em placa. A identificação fisiológica de E. coli foi realizada por metodologia convencional e a identificação sorológica de EPEC, com a utilização de soros comerciais. RESULTADOS: As três marcas de leite pasteurizado apresentaram contagens bacterianas acima do padrão permitido pela legislação brasileira. Foram isoladas 208 cepas de E. coli, entre as quais 46 (22,1%) foram sorogrupadas como EPEC. O sorogrupo mais freqüente foi o O55 (15,2%). CONCLUSÕES: Apesar de estudos recentes sobre fatores de virulência indicarem que nem todas as cepas sorogrupadas como EPEC são capazes de causar a lesão A/E (attaching/ effacing), considerou-se que o isolamento de sorogrupos de EPEC, nesse alimento, representa risco potencial para crianças e, também, possível meio de veiculação de outros enteropatógenos.
Escherichia coli; Leite; Microbiologia de alimentos; Escherichia coli; Leite pasteurizado