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Atividade física insuficiente no tempo livre e fatores ocupacionais em professores de escolas públicas

RESUMO

OBJETIVO

Analisar se fatores ocupacionais percebidos estão associados à atividade física insuficiente no tempo livre em professores de escolas públicas.

MÉTODOS

A relação entre atividade física insuficiente (< 150 minutos/semana) e variáveis relacionadas ao trabalho foi analisada em 978 professores do ensino fundamental e médio mediante o cálculo da razão de prevalência (RP) e intervalo de confiança de 95% (IC95%) em modelos de regressão de Poisson, ajustados por variáveis sociodemográficas e de saúde.

RESULTADOS

A prevalência de atividade física insuficiente foi de 71,9%, e essa condição associou-se de maneira independente com percepção de equilíbrio entre vida pessoal e profissional ruim ou regular (RP = 1,09; IC95% 1,01–1,18), percepção de que o tempo de permanência em pé afeta o trabalho (RP = 1,16; IC95% 1,01–1,34), percepção de capacidade atual para as exigências físicas do trabalho baixa ou muito baixa (RP = 1,21; IC95% 1,08–1,35) e contrato de trabalho temporário (RP = 1,13; IC95% 1,03–1,25). Ministrar disciplina de educação física associou-se com menor prevalência de atividade física insuficiente (RP = 0,78; IC95% 0,64–0,95).

CONCLUSÕES

A percepção de condições de trabalho negativas associa-se à maior prevalência de atividade física insuficiente em professores e devem ser consideradas para a promoção de atividade física nessa população.

Docentes; Ensino Fundamental e Médio; Condições de Trabalho; Estilo de Vida Sedentário; Atividade Motora; Saúde do Trabalhador

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