UNHCR/UNICEF 17 (2016) |
Quali-quantitativo Mixed method entrevista semiestruturada, Survey e grupo focal. |
Fornecer visão multisetorial da situação dos Refugiados sírios no Líbano. |
23.000 refugiados sírios, 4.561 crianças menores de 5 anos. |
93%: algum grau de insegurança alimentar (1,8 refeições/dia). Doenças crônicas (43%) e mentais (12%). Crianças: 41% doentes nas duas semanas anteriores ao estudo. Sintomas: febre (31%), tosse (25%) e diarreia (15%). Moradias superlotadas e sem banheiro (27%). |
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84% das crianças de 15 a 17 anos fora da escola. Causas: custo da educação, trabalho e casamento infantil, razões culturais e custo do transporte. 70%: abaixo da linha de pobreza (U$3.84/dia/pessoa). |
Hosten E. et al. 18 (2018) |
Quantitativo Estudo retrospectivo. |
Avaliar a prevalência de Tuberculose (TB) ativa e latente, fatores de risco para TB latente e o desempenho do programa de TB jordaniano. |
76 refugiados Sírios com TB (casos índice). 481 contatos. |
Alta prevalência de TB ativa e latente entre os contatos de paciente com TB. Nos contatos: prevalência de TB ativa e latente, nas crianças menores de 5 anos é 2 vezes maior que entre os adultos. |
Taxa de cura entre os casos índice: 28,9%. Entre mulheres: 7,9%. Baixa adesão ao tratamento: 43,4%. |
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Truppa. C. et al. 19 (2019) |
Quantitativo Transversal Survey. |
Determinar o impacto da atenção primária em saúde (APS) em populações vulneráveis. Identificar barreiras à utilização dos serviços de saúde. |
656 refugiados sírios no Líbano. |
Motivos mais comuns para procura do atendimento: Doenças crônicas não transmissíveis (40,6%): artrite, condições musculoesqueléticas, hipertensão e diabetes; problemas de saúde sexual e reprodutiva (28,6%). Doenças transmissíveis que afetam os filhos (37,8%). |
Barreira mais importante para a utilização dos serviços: falta de acesso à informação sobre a oferta dos serviços (54,2%). Baixa cobertura vacinal. Baixo nível de atendimento pré-natal e planejamento familiar. 80,9% tiveram que pagar quantias adicionais pelos serviços de saúde na APS. |
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Doocy. S; Lyles, E. 20 (2017) |
Quantitativo Desenho não identificado Survey. |
Identificar necessidades não atendidas e prioridades de assistência em famílias submetidas a deslocamento e chefiadas por mulheres. |
2.045 famílias refugiadas Sírias. |
Famílias submetidas a deslocamento e chefiadas por mulheres: mais vulneráveis. Insegurança alimentar. |
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Ay, M. et al. 21 (2016) |
Quantitativo Transversal Analítico Observacional. |
Identificar as necessidades dos serviços de cuidado à saúde, acessibilidade aos serviços e barreiras no acesso |
196 refugiados sírios na Jordânia. |
56,6% procuraram a APS por doenças agudas em adultos e 53% em crianças. 36% reportaram doenças crônicas. |
Discriminação por parte da equipe. Barreiras no acesso: custo, longas horas de espera, distância ao serviço de saúde, agendamentos tardios para consultas. |
Falta de informação sobre a oferta de serviços gratuitos de planejamento familiar. |
Al-Rousan, T. et al. 22 (2018) |
Quali-quantitativo. Mixed Methods . |
Determinar as necessidades em saúde na perspectiva dos refugiados, equipe de saúde e outros grupos de interesse. |
185 refugiados sírios na Jordânia. 75 no campo (41 homens) 110 urbanos (65 mulheres) |
Doenças respiratórias associadas ao clima desértico do campo. Doenças crônicas. |
Falta de transporte para chegar à UBS. Falta de profissional médico do sexo feminino para o cuidado perinatal. Equipe de saúde sobrecarregada. |
Devido ao estigma, não reportam necessidades de cuidados em saúde mental Péssimas condições de moradia. |
Cherri, Z. et al. 23 (2017) |
Qualitativo Grupo focal Entrevista análise temática. |
Entender as necessidades, preferências, comportamentos e barreiras à saúde reprodutiva e sexual. |
108 mulheres refugiadas sírias (15 a 49 anos) no Líbano. |
Alta taxa de natalidade que agrava condição socioeconômica. Casamento precoce (14 anos) devido à escassez econômica. |
Custo reportado como barreira ao acesso. Falta de acesso à informação sobre métodos contraceptivos. |
42% não utilizavam nenhum método contraceptivo. Migração forçada reportada como causa para não uso. |
Doocy, S. et al. 24 (2015) |
Quantitativo Estudo Transversal. |
Caracterizar a prevalência de Doenças Não Transmissíveis. |
9.580 refugiados sírios na Jordânia (1.550 famílias) – 0 a mais de 60 anos |
50% reportam um membro da família com doença crônica não transmissível. |
Políticas de saúde que revogam direitos (em 2014: estabelecido pagamento de taxas para obter cuidado na saúde pública). |
Baixo acesso à educação dos chefes de família. Falta de acesso à informação quanto à oferta de serviços de saúde. |
Gammoh, O.S. 25 (2016) |
Quantitativo Estudo transversal. |
Descrever queixas, diagnósticos e consumo de medicamentos. |
375 refugiados sírios na Jordânia, 0 a mais de 70 anos, 213 Mulheres (56,8%). 162 Homens (43,2%). |
Doenças infecciosas, crônicas, cardiovasculares (hipertensão), musculoesqueléticas, gastrointestinais, respiratórias e de pele. Queixas: dor (garganta, gastrointestinal), tosse, falta de ar, rash cutâneo, febre, tonturas, fraqueza, sintomas de ansiedade, problemas dentais e de visão. |
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Kakalou, E. et al. 26 (2018) |
Quantitativo Estudo transversal descritivo. |
Descrever o perfil de morbidade da população refugiada na Europa, em 2015–2016. |
3.076 sírios, 1.270 iraquianos. |
Doenças infecciosas. Condições musculoesqueléticas, de pele, traumas/feridas (causados por acidente/violência). Doenças cardiovasculares, endócrinas, respiratórias, neurológicas, autoimunes e congênitas. Condições dentárias ou da cavidade oral. Condições reprodutivas da mulher, de saúde mental, desnutrição, fraqueza, anemia, escabiose e piolho, abuso de substâncias (psicotrópicos e álcool). |
50% das consultas com especialistas foram ofertadas por ONGs (falha na oferta de especialistas pelo sistema de saúde local). |
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Sethi. S. et al. 27 (2017) |
Quantitativo Desenho do estudo não identificado. |
Identificar lacunas no cuidado em doenças não transmissíveis. |
640 sírios no Líbano. 320 adultos acima de 18 anos. 300 crianças menores de 2 anos. |
Doenças transmissíveis e não transmissíveis. |
Falta de transporte, de tempo para ir à unidade de saúde e custo: reportados como barreira no acesso. |
Baixa escolaridade das mães: 40,3% não têm educação formal. 20% com escolaridade primária completa |
Aoun, A; Joundi, J; El Gerges, N. 28 (2018) |
Quantitativo Estudo transversal. |
Examinar a prevalência de transtornos da alimentação e associação com variáveis sociodemográficas e clínicas. |
450 Sírios no Líbano. 69 Homens e 381 mulheres (18 a 45 anos). |
Transtorno do estresse pós-traumático, desordens alimentares, sobrepeso e desemprego. |
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48% sabem ler e escrever apenas de forma elementar. |
Collins, D.R.J. 29 (2017) |
Quali-Quantitativo Mixed Methods.
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Determinar o perfil de risco de doenças cardiovasculares da população. |
2.907 sírios na Jordânia (18 a > 40 anos) 16 membros de equipe da APS. |
Doenças cardiovasculares, dislipidemia, diabetes e sedentarismo. |
Conhecimento limitado da equipe de saúde em relação aos protocolos para doenças cardiovasculares. |
Padrão migratório impactou a adesão ao tratamento medicamentoso. |
Dogru, S; Doner, P. 30 (2017) |
Quantitativo Retrospectivo e descritivo. |
Comparar a frequência de novos casos de tuberculose pulmonar e sucesso no tratamento. |
33 refugiados sírios com Tuberculose na Turquia. |
Tuberculose acomete faixas etárias mais jovens entre os sírios comparados à população local. |
Metas do tratamento para TB não foram alcançadas. Taxa de cura menor nos sírios. |
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Doocy. S. et al. 31 (2016) |
Quantitativo Transversal. |
Avaliar o estado de saúde, necessidades não atendidas e a prestação dos serviços de saúde. |
1.376 famílias/8.257 Sírios no Líbano (0 a > 60 anos). |
Hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes, doenças respiratórias crônicas e artrite. |
Necessidade de pagar por serviços de saúde na APS. |
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Segal, S. P. et al. 32 (2018) |
Quantitativo Transversal Entrevista estruturada Survey. |
Avaliar o status de saúde mental de refugiados Sírios e Palestinos. Determinar a prevalência de doenças mentais. |
161 Palestinos, 47 Sírios e 46 Libaneses no campo de Shatila no Líbano. |
Alta prevalência (52%) de doenças mentais (10 vezes maior que a população local). |
Necessidade de fortalecimento do programa de saúde mental na APS. |
Alto índice de pessoas sem escolaridade: até 3 vezes mais que a população local. Dificuldades no acesso à justiça, leis que restringem os direitos fundamentais. Baixo acesso à economia local. Vivem 17 anos em média no campo. Falta de saneamento básico. Superlotação dos campos. Moradias insuficientes. |
Heenan, R.C. et al. 33 (2019) |
Quantitativo Estudo retrospectivo. |
Examinar as condições de saúde de crianças refugiadas sírias e iraquianas no contexto da triagem de chegada na Austrália. |
128 crianças (7 meses a 16 anos). |
Déficit de vitamina D (63%), déficit no crescimento/nutrição, doenças neurológicas/metabólicas, relativas ao aprendizado/comportamento saúde mental, tuberculose latente, atraso no desenvolvimento, |
Os testes de triagem mais omitidos foram para tuberculose (Apenas 7,1% concluíram a triagem). Atraso no calendário vacinal de crianças. Dificuldade no acesso ao teste tuberculínico/PPD na APS. |
25% das crianças com dificuldade no acesso à educação mesmo após 3 meses no país de acolhida. Adversidades pré-chegada: exposição a traumas, preocupação com a saúde mental dos pais, preocupação com outras famílias no exterior, separação de um membro da família |
Doocy, S. et al. 34 (2017) |
Quali-Quantitativo Mixed Method Estudo Coorte Longitudinal. |
Avaliar a eficácia das diretrizes de tratamento e um aplicativo de saúde móvel (mHealth) na qualidade dos cuidados e resultados de saúde |
793 Refugiados sírios no Líbano com Diabetes tipo 2 e Hipertensão. |
Diabetes descontrolada (57,9%). |
Equipe com dificuldade de interação com paciente. Baixo percentual de pacientes que receberam aconselhamento em saúde quanto ao estilo de vida. Divergências entre dados eletrônicos e prontuários escritos. |
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Elliot. J.A. et al. 35 (2018) |
Quantitativo Estudo Transversal. |
Determinar associações entre fatores do paciente, autogerenciamento, educação e apoio ao diabetes. |
292 Refugiados Sírios no Líbano (> 18 a 84 anos) com Diabetes. |
Diabetes (diagnosticada em 30% dos pacientes após o conflito na Síria). Jejum longo (Ramadã) associado ao uso de insulina. |
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Baixo nível educacional. Incapacidade de reconhecer e responder à hipoglicemia (34%). |
Javanbakht. A. et al. 36 (2018) |
Quantitativo Estudo Transversal. |
Determinar a prevalência de desordens mentais. |
157 Sírios nos Estados Unidos (18 a 65 anos). |
Transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) (32,2%), ansiedade (40,3%) e depressão (47,7%), principalmente após a migração forçada. |
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Torun. P. et al. 37 (2018) |
Quali-Quantitativo Mixed Method.
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Avaliar as necessidades de saúde de refugiados urbanos em Istambul. |
111 famílias/8.901 refugiados sírios na Turquia. |
Sintomatologia compatível com infecção sexualmente transmissível, doenças crônicas, pulmonares, cardíacas, gastrointestinais, neurológicas, renais, psiquiátricas, musculoesqueléticas, hipertensão. |
Gestantes (60%) com dificuldades no acesso devido à barreira linguística, tempo de espera, filas, ambientes tensos e atitudes negativas da equipe. |
Alto índice de crianças que abandonaram a escola devido à migração (55%). Falta de ajuda para educação e aluguel. 49,6% não conheciam o direito ao acesso gratuito aos cuidados de saúde. Condições inadequadas de trabalho. |
Lyles E. et al. 38 (2018) |
Quantitativo Desenho não identificado Survey. |
Caracterizar o acesso e utilização dos serviços de saúde no Líbano. |
2.062 famílias de refugiados sírios no Líbano. |
Doenças transmissíveis, e crônicas não transmissíveis, ferimentos, doenças de pele, complicações na gravidez, problemas ginecológicos, gastrointestinais e oftalmológicos. |
Maior dificuldade no acesso a medicamentos que a população local. |
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