Desconhece-se o ciclo de transmissão da encefalite eqüina tipo oeste (WEE) na América do Sul. Uma cepa do vírus foi isolada na Argentina, durante a epizootia de 1982-1983, a partir de Aedes albifasciatus. Sob o ponto de vista experimental, o Culex pipiens da Argentina revelou-se capaz de transmitir o vírus WEE, porém outros resultados têm indicado que o Cx. pipiens dos Estados Unidos é refratário a esse vírus. Assim, procurou-se determinar a suscetibilidade de cepas argentinas de Ae. albifasciatus e complexo Culex pipiens, à infecção do vírus WEE por via oral. As fêmeas adultas foram alimentadas em pintos infectados com cepa do vírus isolada na Província de Córdoba, Argentina, ou então alimentadas em suspensão do vírus e sangue. Cada mosquito ingeriu entre 10(1,6) e 10(6,4) unidades virais formadoras de placas de cultura de célula ("vero cell"). Cada um dos 28 Ae. albifasciatus mostrou-se a partir do quarto dia pós-prandial e houve evidência de replicação viral. Em contraposição, 0/44 Cx. p. quinquefasciatus e apenas 1/15 Cx. p. pipiens revelou-se positivo. Aedes albifasciatus é suscetível à infecção pelo vírus WEE e deveria ser considerado vetor potencial desse agente na Argentina. Ambas subespécies de Cx. pipiens são refratárias à infecção por via oral e provavelmente não desempenham papel do ciclo do vírus WEE na Argentina.
Aedes; Culex; Vírus da encefalite eqüina ocidental