A efetividade de muitas intervenções preventivas depende da capacidade do paciente em alterar seu comportamento ou estilo de vida. São intervenções nas quais o indivíduo exerce um papel ativo. Procurou-se mostrar como o instrumental econômico pode ser usado para: (i) prever comportamentos e descrever sua lógica; e (ii) avaliar medidas de prevenção que, por implicarem mudança de comportamento, geram "custos" em termos de queda na qualidade de vida (Apêndice). O caso do fumo e doença coronariana do coração é utilizado como ilustração. Enquanto a análise do primeiro item utiliza técnicas gráficas, a do segundo (Apêndice) utiliza-se de um modelo mais formal, porém simples (de livro-texto) para a representação de utilidade ao longo do ciclo de vida. Mostrou-se também que técnicas freqüentemente utilizadas na avaliação de programas de saúde como os "QALYs" ("Quality-Adjusted Life Years" ou Anos de Vida Qualitativamente Ajustados) são inadequados para programas preventivos voltados à alteração de comportamento. São sugeridos alguns tópicos que necessitam de investigação mais profunda.
Prevenção primária; Atitude frente à saúde; Análise custo-benefício