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Revista de Saúde Pública, Volume: 55 Suplemento 1, Publicado: 2021
  • Inquéritos Nacionais de Alimentação: consumo alimentar e muito mais Editorial

  • Importância de dados nacionais sobre o consumo alimentar e mudanças na alimentação dos brasileiros de 2008 a 2018 Apresentação

    Sichieri, Rosely
  • Evolução do consumo de alimentos fora do domicílio no Brasil de 2008–2009 a 2017–2018 Artigo Original

    Bezerra, Ilana Nogueira; Vasconcelos, Thaís M; Cavalcante, Jessica Brito; Yokoo, Edna Massae; Pereira, Rosângela A; Sichieri, Rosely

    Resumo em Português:

    RESUMO OBJETIVO Descrever a evolução do consumo de alimentos fora do domicílio no Brasil no período 2008–2018. MÉTODOS Foram usados dados dos Inquéritos Nacionais de Alimentação (INA) de 2008–2009 e 2017–2018, realizados com 34.003 e 46.164 indivíduos, respectivamente, para estimar a frequência de consumo de alimentos fora de casa e a contribuição desse consumo para alimentos específicos. O consumo de alimentos foi investigado por meio de registros alimentares no INA 2008–2009 e de recordatórios 24 horas em 2017–2018. As estimativas foram geradas para o Brasil como um todo, para áreas urbana e rural, para faixas de idade (adolescente, adulto, idoso) e para faixas de renda. RESULTADOS A frequência de consumo fora de casa diminuiu 8,8% entre os dois inquéritos, sem alteração na área rural, nas regiões Nordeste e Sul e nas menores faixas de renda. Houve leve aumento entre idosos e na região Centro-Oeste. De modo geral, a contribuição do consumo alimentar fora de casa para a ingestão diária de energia também diminuiu (16,3% vs. 12,7%), com exceção da área rural, onde houve redução da diferença em relação à área urbana entre os dois inquéritos. O consumo de alimentos fora de casa foi reduzido para a maioria dos itens avaliados. Os alimentos mais consumidos fora de casa em ambos os inquéritos foram as bebidas alcoólicas, salgadinhos fritos e assados, refrigerantes, pizzas, doces e sanduíches. CONCLUSÃO Em 10 anos, a prevalência de consumo de alimentos e o percentual de contribuição dos alimentos consumidos fora de casa diminuíram no Brasil, mas os alimentos ultraprocessados ainda figuram como o grupo de alimento mais consumido fora de casa.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT OBJECTIVE To describe the evolution of out-of-home food consumption in Brazil in 2008–2018. METHODS We used the 2008–2009 and 2017–2018 data from the Inquéritos Nacionais de Alimentação (INA - National Food Surveys), conducted amid 34,003 and 46,164 individuals, to estimate the frequency of out-of-home food consumption and the contribution of this consumption to specific foods. Food consumption was analyzed using food records in the 2008–2009 INA and 24-hour recalls in 2017–2018. Estimates were generated for Brazil in general, for urban and rural areas, for age groups (adolescent, adult, elderly), and for income bracket. RESULTS The frequency of out-of-home consumption decreased by 8.8% between the two surveys, with no change in the rural area, in the Northeast and South regions, and for the lowest income brackets. We observed a slight increase among the elderly and in the Midwest region. The contribution of out-of-home food consumption to daily energy intake also decreased (16.3% vs. 12.7%), excepting the rural area, where there was a reduction in the difference in relation to the urban area between the two surveys. For most items evaluated, the out-of-home food consumption decreased. The most consumed out-of-home food were alcoholic beverages, fried and baked snacks, soft drinks, pizza, sweets, and sandwiches in both surveys. CONCLUSION In 10 years, the prevalence of food consumption and the percentage of contribution of out-of-home food decreased in Brazil, but ultra-processed foods still figure as the most consumed food group outside the home.
  • Custo de uma alimentação saudável e culturalmente aceitável no Brasil em 2009 e 2018 Artigo Original

    Verly Junior, Eliseu; Oliveira, Dayan Carvalho Ramos Salles de; Sichieri, Rosely

    Resumo em Português:

    RESUMO OBJETIVO Estimar o menor custo de uma alimentação saudável e culturalmente aceitável e avaliar a evolução de seu custo nos períodos de 2008–2009 e 2017–2018. MÉTODOS Foram utilizados dados de consumo individual dos módulos de consumo alimentar das Pesquisas de Orçamentos Familiares de 2008–2009 e 2017–2018. Os preços dos alimentos foram obtidos do módulo de caderneta de despesa das respectivas pesquisas. Os estratos amostrais de cada período foram reagrupados, formando 108 novos estratos com homogeneidade geográfica e econômica. Modelos de programação linear foram elaborados para gerar dietas para cada novo estrato, considerando as restrições do modelo 1 (≥ 400g de frutas e hortaliças) e modelo 2 (≥ 400g de frutas e hortaliças, < 2300mg de sódio, relação sódio/potássio < 1, ≥ 500mg de cálcio). Cada alimento das dietas observadas poderia desviar progressivamente em 5g a partir das médias de consumo observadas até que os modelos encontrassem uma solução em cada um dos estratos. A função objetivo foi de minimizar o custo total da dieta. RESULTADOS Os custos médios observados e otimizados foram de R$4,96, R$4,62 (modelo 1) e R$5,08 (modelo 2) em 2008–2009 e de R$9,18, R$8,69 e R$9,87 em 2017 –2018. Nos modelos 1 e 2 ocorreram incrementos de até 6% e 11% em 2008–2009 e de até 25% e 34% em 2017–2018 na menor faixa de renda. As principais modificações observadas nos dois modelos incluem a redução nas quantidades de bebidas adoçadas, doces, molhos, alimentos prontos para consumo e aumento de frutas e hortaliças, farinhas e tubérculos. CONCLUSÃO A adequação da quantidade de frutas e hortaliças acarretou aumento no custo para parte da população. Quando a adequação de cálcio, sódio e potássio foram consideradas, ocorreu um aumento mais expressivo no custo, especialmente em 2017–2018.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT OBJECTIVE To estimate the lowest cost of a healthy and culturally acceptable diet and to assess the evolution of its cost in the periods 2008–2009 and 2017–2018. METHODS We used data on the individual food consumption and food prices from the Pesquisas de Orçamentos Familiares (Household Budget Surveys), in the 2008–2009 and 2017–2018. The sample strata of each period were aggregated, forming 108 new strata with geographic and economic homogeneity. Linear programming models generated diets for each new stratum, considering the constraints in two models: model 1 (≥ 400g of fruits and vegetables); and model 2 (≥ 400g of fruits and vegetables, < 2300mg of sodium, sodium/potassium ratio < 1, ≥ 500mg of calcium). Each food could progressively deviate 5g from the observed consumption averages until the models found a solution in each of the strata. The objective function was to minimize the total cost of the diet. RESULTS The average observed and optimized costs were R$4.96, R$4.62 (model 1) and R$5.08 (model 2) in 2008–2009, and R$9.18, R$8.69 and R$9.87 in 2017–2018. Models 1 and 2 resulted in an increase of up to 6% and 11% in 2008–2009, and of up to 25% and 34% in 2017–2018 in the lowest income strata. The main changes observed in the two models include the reduction in the amounts of sweetened beverages, sweets, sauces, ready-to-eat foods, and an increase in fruits and vegetables, flour, and tubers. CONCLUSION The adequate amount of fruits and vegetables resulted in an increase in costs to some population strata. When the adequacy of calcium, sodium, and potassium was considered, we observed a more significant increase in cost, especially in 2017–2018.
  • Padrões alimentares de adultos brasileiros em 2008–2009 e 2017–2018 Artigo Original

    Antunes, Anna Beatriz Souza; Cunha, Diana Barbosa; Baltar, Valéria Troncoso; Steluti, Josiane; Pereira, Rosangela Alves; Yokoo, Edna Massae; Sichieri, Rosely; Marchioni, Dirce Maria

    Resumo em Português:

    RESUMO OBJETIVOS Identificar padrões alimentares entre adultos brasileiros a partir dos Inquéritos Nacionais de Alimentação (INA) 2008–2009 e 2017–2018, verificando, nesse último período, a aderência aos padrões de acordo com fatores sociodemográficos e regiões brasileiras. MÉTODOS Foram analisados dados do primeiro de dois dias de consumo alimentar de adultos (19–59 anos de idade) entrevistados nos INA 2008–2009 (n = 21.630) e 2017–2018 (n = 28.901). Os padrões alimentares foram derivados por análise fatorial exploratória a partir de 19 grupos de alimentos, considerando a complexidade do desenho amostral. Para o INA 2017–2018, os escores fatoriais foram avaliados de acordo com sexo, faixa etária, região, renda per capita e escolaridade. RESULTADOS Foram identificados três padrões nos dois inquéritos: (1) “tradicional”, caracterizado por arroz, feijão e carnes; (2) “pães e manteiga/margarina”, caracterizado por pães, óleos e gorduras (incluindo margarina/manteiga) e, em 2008–2009, café e chás; e (3) “ocidental”, caracterizado por refrigerantes e pizzas e salgados, além de farinhas e massas e doces em 2017–2018. O padrão “tradicional” teve maior aderência entre homens, moradores da região Centro-Oeste e indivíduos com ensino fundamental incompleto. Para o padrão “pães e manteiga/margarina”, observou-se maior aderência entre o sexo masculino, indivíduos com idade entre 40 e 59 anos, da região Sudeste e com renda entre 1 e 2 salários-mínimos per capita. Indivíduos do sexo masculino, com idades entre 19 e 39 anos, da região Sul, com renda per capita maior que dois salários-mínimos e escolaridade igual ou maior que o ensino fundamental foram os que apresentaram maior adesão ao padrão “ocidental”. CONCLUSÃO Os padrões alimentares identificados em 2008–2009 e 2017–2018 foram similares, com manutenção do padrão “tradicional”, que inclui arroz, feijão e carnes. A adesão aos padrões varia de acordo com sexo, faixa etária, região, renda per capita e escolaridade.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT OBJECTIVES To identify dietary patterns among Brazilian adults based on the National Dietary Surveys (INA – Inquéritos Nacionais de Alimentação) in 2008–2009 and 2017–2018, and to verify in the second period the adherence to the patterns according to sociodemographic factors and Brazilian regions. METHODS We analyzed the first of two days of adults’ food consumption (19–59 years) in INA data from 2008–2009 (n = 21,630) and 2017–2018 (n = 28,901). Dietary patterns were derived by exploratory factor analysis from 19 food groups, considering the complexity of the sample design. We evaluated the factor scores according to sex, age group, region, per capita income, and education for the INA data in 2017–2018. RESULTS We identified three patterns in the two surveys: (1) “traditional”, characterized by rice, beans, and meat; (2) “breads and butter/margarine”, characterized by breads, oils, and fats (including margarine/butter) and, coffee and teas in 2008–2009; and (3) “western”, characterized by sodas, pizzas, snacks, flour, pasta, and sweets in 2017–2018. The “traditional” pattern had greater adherence among men, residents of the Midwest region and individuals with incomplete primary education. “Bread and butter/margarine” pattern had greater adherence among males, individuals aged between 40 and 59 years, from the Southeast region, and with income between 1 and 2 minimum wages per capita. Male individuals, aged between 19 and 39 years, from the South region, with per capita income greater than two minimum wages, and education level equal to or greater than primary education showed greater adherence to the “western” pattern. CONCLUSION The dietary patterns identified in 2008–2009 and 2017–2018 were similar, and we observed the maintenance of the “traditional” pattern, which includes rice, beans, and meat. Adherence to the dietary patterns varies according to sex, age group, region, per capita income, and education level.
  • Evolução dos alimentos mais consumidos no Brasil entre 2008-2009 e 2017-2018 Artigo Original

    Rodrigues, Renata Muniz; Souza, Amanda de Moura; Bezerra, Ilana Nogueira; Pereira, Rosangela Alves; Yokoo, Edna Massae; Sichieri, Rosely

    Resumo em Português:

    RESUMO OBJETIVO: Descrever a evolução do consumo alimentar da população brasileira de 2008–2009 a 2017–2018. MÉTODOS: Foram utilizados dados dos Inquéritos Nacionais de Alimentação de 2008–2009 e 2017–2018, que estimaram o consumo alimentar de dois dias não consecutivos de indivíduos com 10 anos ou mais de idade. O primeiro inquérito colheu dados de consumo de 34.003 indivíduos por meio de registro alimentar; o segundo, de 46.164 indivíduos, por meio de recordatório de 24 horas. Identificaram-se os 20 grupos de alimentos mais frequentemente referidos nos dois inquéritos. A probabilidade de consumo de cada um dos grupos de alimentos nos dois inquéritos foi estimada segundo sexo, idade e renda. No presente estudo, são apresentados os alimentos que tiveram mudança igual ou superior a 5% na frequência de consumo entre os dois inquéritos. A probabilidade de consumo foi corrigida para a variabilidade intraindividual, utilizando método desenvolvido pelo National Cancer Institute. RESULTADOS: Arroz, feijão, café, pães, hortaliças e carne bovina permaneceram como base da alimentação dos brasileiros, sendo os seis itens mais consumidos em ambos os inquéritos. Alimentos ultraprocessados, como biscoitos doces/recheados, biscoitos salgados, carnes processadas e refrigerantes, também se mantiveram entre os 20 alimentos mais consumidos. As análises de tendência evidenciaram, independentemente de sexo, idade e faixa de renda, a diminuição do consumo de arroz, feijão, carne bovina, pães, frutas, laticínios, carnes processadas e refrigerantes, e o aumento da ingestão de sanduíches. CONCLUSÃO: A dieta do brasileiro permanece caracterizada pelo consumo de alimentos tradicionais, como arroz e feijão, e pela frequência elevada de ingestão de alimentos ultraprocessados, como biscoitos e refrigerantes. No entanto, entre os anos de 2008–2009 e 2017–2018, observou-se redução no consumo de arroz, feijão, carne bovina, pães, frutas, laticínios, carnes processadas e refrigerantes, mas aumento no consumo de sanduíches. Os resultados sinalizam piora na qualidade da alimentação do brasileiro.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT OBJECTIVE: To describe the evolution of food consumption by the Brazilian population in 2008–2009 to 2017–2018. METHODS: Data from the National Dietary Surveys of 2008–2009 and 2017–2018 were used. Both surveys estimated food consumption of two non-consecutive days of individuals aged 10 years or older. The first survey collected consumption data from 34,003 individuals through food records; the second, obtained data from 46,164 individuals, through 24-hour recalls. The twenty most frequently reported food groups in the two surveys were identified. The probability of consumption of each food group in the two surveys was estimated according to sex, age and income. This study presents the foods that had a change in the frequency of consumption of 5% or higher between the two surveys. The probability of consumption was corrected for intra-individual variability using the method developed by the National Cancer Institute. RESULTS: Rice, beans, coffee, bread, vegetables and beef remained the staple Brazilian diet, ranking as the six most consumed items in both surveys. Ultra-processed foods such as sweet/stuffed cookies, savory cookies, processed meats and carbonated drinks also remained among the 20 most consumed foods. Trend analyses showed, regardless of gender, age and income range, a decrease in the consumption of rice, beans, beef, bread, fruit, milk and dairy, processed meats and carbonated drinks, and an increase in the consumption of sandwiches. CONCLUSION: The Brazilian diet is still characterized by consumption of traditional foods, such as rice and beans, and by high frequency of consumption of ultra-processed foods, such as cookies and carbonated drinks. However, between the years of 2008–2009 and 20172018, there was a decrease in the consumption of rice, beans, beef, bread, fruit, milk and dairy, processed meats and carbonated drinks, but an increase in the consumption of sandwiches. The results show a decrease in quality in the Brazilian diet.
  • Limitações na comparação dos Inquéritos Nacionais de Alimentação de 2008–2009 e 2017–2018 Artigo Original

    Rodrigues, Renata Muniz; Carli, Eduardo De; Araújo, Marina Campos; Verly Junior, Eliseu; Marchioni, Dirce Maria Lobo; Bezerra, Ilana Nogueira; Souza, Amanda de Moura; Yokoo, Edna Massae; Pereira, Rosangela Alves; Sichieri, Rosely

    Resumo em Português:

    RESUMO OBJETIVO: Apresentar particularidades dos dois Inquéritos Nacionais de Alimentação (INA) e o processo metodológico empregado para comparação dos dados. MÉTODOS: O estudo detalha as diferenças entre os INA realizados pelo IBGE em 2008–2009 e em 2017–2018, apresentando as alterações nos métodos de coleta de dados e nas tabelas de composição dos alimentos, assim como as estratégias de análise recomendadas para comparação dos dados. Um estudo de validação foi realizado com 95 participantes da terceira onda do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto a fim de avaliar o erro de medição associado aos procedimentos adotados nos recordatórios de 24 horas do INA 2017–2018. Empregaram-se biomarcadores de recuperação urinária de proteínas, sódio e potássio como padrões de referência. Na análise dos INA, diferentes estratégias foram elaboradas para comparar dois itens importantes do consumo alimentar que sofreram mudanças na forma de coleta: as gorduras e os açúcares. RESULTADOS: O estudo de validação do instrumento indicou menor sub-relato no inquérito mais recente, com maiores médias de ingestão de energia. A correlação das medidas dos recordatórios de 24 horas com os respectivos biomarcadores foi de 0,58 para proteínas, 0,31 para potássio e 0,30 para sódio. Comparando as tabelas de composição utilizadas nos dois inquéritos com os dados obtidos no INA 2008–2009, a variação média de energia, macronutrientes e minerais foi menor que 15%, com exceção das gorduras trans e selênio, com médias 40% e 52% menores na TBCA. No INA 2017–2018, as médias do consumo de açúcar de adição foram menores, usando a informação do açúcar reportado como item de adição comparada com a pergunta genérica sobre a frequência do uso do açúcar. CONCLUSÃO: As mudanças metodológicas incluídas no INA atual permitiram aprimorar as estimativas de consumo de grupos de alimentos e nutrientes, acrescentando informações mais detalhadas e específicas aos relatos do consumo alimentar.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT OBJETIVE: To present particular characteristics of two Brazilian National Dietary Surveys (Inquéritos Nacionais de Alimentação - INA) and the methodology used to better compare their data. METHODS: This study details the differences between both INA conducted by the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE) in 2008–2009 and 2017–2018. We present the alterations in data collecting methods and food composition tables as well as the analysis strategies recommended to obtain such data. A validation study with 95 participants of the third wave of the Longitudinal Study of Adult Health assessed the measurement error associated with the procedures adopted in the 24-hours dietary recall of INA 2017–2018. The reference standards were urinary protein recovery, sodium, and potassium biomarkers. Different strategies were used in the analysis of INA to compare two essential dietary items that had their collection method changed: fats and sugars. RESULTS: The validation study indicated lower underreport in the most recent survey with higher means of energy intake. The correlation of means for the 24-hours recalls with their respective biomarkers was 0.58 for proteins, 0.31 for potassium, and 0.30 for sodium. Comparing the food composition tables used in both surveys with the data obtained by INA 2008-2009, the mean variation of energy, macronutrients, and minerals was lower than 15%, except for trans fats and selenium, which had means 40% and 52% lower in the Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA - Brazilian Food Composition Table). INA 2017–2018 presents lower means for added sugar, using a generic question about the frequency of sugar consumption as a measure for sugar as an additional item. CONCLUSION: The methodological changes promoted in the most recent INA enhanced food groups and nutrients intake estimation, adding detailed and specific data in dietary habits reports.
  • Evolução da ingestão de energia e nutrientes no Brasil entre 2008–2009 e 2017–2018 Artigo Original

    Verly Junior, Eliseu; Marchioni, Dirce Maria; Araujo, Marina Campos; Carli, Eduardo De; Oliveira, Dayan Carvalho Ramos Salles de; Yokoo, Edna Massae; Sichieri, Rosely; Pereira, Rosangela Alves

    Resumo em Português:

    RESUMO OBJETIVO: Avaliar a evolução da ingestão de energia e nutrientes e a prevalência de inadequação da ingestão de micronutrientes segundo características sociodemográficas e regiões brasileiras. MÉTODOS: Foi analisado o consumo alimentar de 32.749 indivíduos do Inquérito Nacional de Alimentação da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2008–2009, por dois registros alimentares, e de 44.744 indivíduos a partir de dois recordatórios de 24 horas em 2017–2018. Estimaram-se a ingestão usual e o percentual de indivíduos com consumo abaixo da necessidade média para cálcio, magnésio, fósforo, cobre e zinco, vitaminas A, C, D, E, tiamina, riboflavina, piridoxina e cobalamina. A ingestão de sódio foi comparada ao valor de referência para reduzir risco de doenças crônicas. As análises foram estratificadas por sexo, faixa etária, região e renda. RESULTADOS: A ingestão energética diária média foi de 1.753 kcal em 2008–2009 e 1.748 kcal em 2017–2018. As prevalências de inadequação mais elevadas (> 50%) nos dois períodos foram de cálcio, magnésio, vitaminas A, D e E, piridoxina e, somente entre adolescentes, fósforo. Houve aumento na prevalência de inadequação de vitamina A, riboflavina, cobalamina, magnésio e zinco entre as mulheres, e de riboflavina entre os homens. A prevalência de inadequação diminuiu para a tiamina. A ingestão de sódio foi excessiva em aproximadamente 50% da população nos dois períodos. As variações mais altas (cerca de 50%) nas prevalências de inadequação entre os extremos de renda (< 0,5 salário-mínimo e > 2 salários-mínimos per capita) foram observadas para vitamina B12 e C nos dois períodos. As regiões Norte e Nordeste apresentaram maiores prevalências de inadequação. CONCLUSÃO: Ambos os inquéritos verificaram prevalências elevadas de inadequação de ingestão de nutrientes e consumo excessivo de sódio. A inadequação varia de acordo com os estratos de renda, aumentando nas regiões mais pobres do país.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT OBJECTIVE: To assess the evolution of energy and nutrient intake and the prevalence of inadequate micronutrients intakes according to sociodemographic characteristics and Brazilian regions. METHODS: The food consumption of 32,749 individuals from the National Dietary Survey of the Household Budget Survey 2008–2009 was analyzed by two food registries, as well as 44,744 subjects from two 24-hour recalls in 2017–2018. Usual intake and percentage of individuals with consumption below the average recommendation for calcium, magnesium, phosphorus, copper and zinc, vitamins A, C, D, E, thiamine, riboflavin, pyridoxine and cobalamin were estimated. Sodium intake was compared to the reference value to reduce the risk of chronic diseases. Analyses were stratified by sex, age group, region and income. RESULTS: Mean daily energy intake was 1,753 kcal in 2008–2009 and 1,748 kcal in 2017–2018. The highest prevalence of inadequacy (> 50%) in the two periods were calcium; magnesium; vitamins A, D and E; pyridoxine and, only among adolescents, phosphorus. There was an increase in the prevalence of inadequate vitamin A, riboflavin, cobalamin, magnesium, and zinc among women, and riboflavin among men. The prevalence of inadequacy decreased for thiamine. Sodium intake was excessive in approximately 50% of the population in both periods. The highest variations (about 50%) in the prevalence of inadequacy between the lowest and highest income (< 0.5 minimum wage and > 2 minimum wages per capita) were observed for vitamin B12 and C in both periods. The North and Northeast regions had the highest prevalence of inadequacy. CONCLUSION: Both surveys found high prevalence of inadequate nutrient intake and excessive sodium intake. The inadequacy varies according to income strata, increasing in the poorest regions of the country.
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