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Tratamento térmico de fosfatos aluminosos do grupo da crandallita e seu efeito na solubilidade do fósforo

A otimização do uso de rochas fosfáticas é importante e resíduos da indústria de fertilizantes fosfatados na forma de crandallita poderão ser agronomicamente eficientes após calcinação. Com o objetivo de avaliar o efeito do tratamento térmico em fosfatos aluminosos do tipo crandallita quanto à solubilidade, estrutura cristalina, e morfologia, amostras do rejeito de mineração de três depósitos fosfáticos brasileiros (Tapira-MG, Catalão-GO e Juquiá-SP) foram coletadas, secas ao ar e separadas por peneiramento 100 mesh. Sub-amostras foram submetidas ao tratamento térmico a 300, 500, 700 e 900°C durante 2 horas. Os materiais tratados e não-tratados foram analisados por difratometria de raios X, observados por microscopia eletrônica de varredura e espectrometria por energia dispersiva, e seus teores de fósforo total e solúvel determinados. O tratamento térmico das amostras: (i) elevou, consideravelmente, a solubilidade em CNA dos materiais; (ii) promoveu a desorganização da estrutura cristalina da crandallita a temperaturas de 500°C e superiores; e (iii) causou alterações morfológicas (fraturamento e arredondamento) nas amostras. O aumento na solubilidade das amostras após o tratamento térmico indica que a utilização agronômica destas fontes marginais de P pode ser de interesse, uma vez que o crescimento das plantas pode ser favorecido pela maior disponibilidade de P. Estudos de avaliação desses materiais a fim de determinar sua eficiência agronômica devem ser conduzidos para o conhecimento de condições adequadas para sua aplicação que favoreçam o aproveitamento pela planta.

calcinação; fertilizante fosfatado; impurezas em fertilizantes fosfatados


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