Híbridos simples de milho resultantes de cruzamentos dialélicos entre dez linhagens endogâmicas provenientes do CIMMYT foram avaliados em 4 locais do Estado de São Paulo (Estações Experimentais do IAC), em 1996/97, quanto à estabilidade e adaptabilidade da produtividade de grãos. Os ensaios foram instalados sob delineamento de blocos casualizados com três repetições, incluindo quatro testemunhas comerciais. Foi verificada grande previsibilidade da produção e adaptabilidade ampla (b=1,0) da maioria dos híbridos, indicando que o conjunto de linhagens é fonte potencial de híbridos heteróticos e de estabilidade satisfatória. Houve intensa severidade da mancha foliar de Phaeosphaeria maydis em Ribeirão Preto, considerada um dos fatores de estresse que mais contribuiu para a redução da qualidade ambiental. A doença foi avaliada cerca de 30 dias após o florescimento, através de uma escala de notas de 1 a 9, correspondendo a 0% e >80% de aréa foliar afetada na planta adulta, respectivamente. Houve uma tendência dos materiais mais resistentes à doença apresentarem valores de adaptabilidade menores que 1,0 (b<1,0), sendo a correlação simples entre notas da doença e coeficientes de regressão b (r=0,353) significativa pelo Teste t a 2% de probabilidade. Os híbridos L04xL10 e L10xL11 tiveram as maiores produtividades do conjunto, não diferiram das testemunhas comerciais e demonstraram estabilidade de produção, sendo o último resistente à mancha de Phaeosphaeria.
Phaeosphaeria maydis; Zea mays; adaptabilidade; estabilidade, híbrido