A morte súbita dos citros (MSC) é uma doença com efeitos dramáticos em árvores de citros causando declínio progressivo e morte. Ela foi identificada no final da década de 90 em uma das principais áreas de produção no Brasil e desde então esforços são empregados para entender a sua etiologia e os seus mecanismos de dispersão. Um aspecto relevante para estudos é a investigação do padrão espacial da incidência dentro de um campo. Métodos para determinar se o padrão espacial é agregado ou não têm sido freqüentemente utilizados. Entretanto é possível explorar e descrever os dados adotando um modelo explícito, com o qual é possível discriminar e quantificar os efeitos com parâmetros para covariáveis que representam aspectos de interesse investigados. Uma das alternativas é adoção de modelos autologísticos, que estendem o modelo de regressão logística para acomodar efeitos espaciais. Para implementar esse modelo é necessário que se reutilize os dados para extrair covariáveis espaciais, o que requer extensões na metodologia e algoritmos para avaliar a variância das estimativas. Este trabalho apresenta uma aplicação do modelo autologístico a dados coletados em 11 pontos no tempo em um campo de citros afetado pela MSC. É mostrado como o modelo autologístico é apropriado para investigar doenças desse tipo, bem como é feita uma descrição do modelo e dos aspectos computacionais necessários para a estimação dos parâmetros.
estatística espacial; doença de plantas; variável resposta binária; pseudoverossimilhança; bootstrap