Resumo
Na medida em que um número crescente de governos nacionais tem promovido políticas econômicas nacionalistas e o rompimento ou a renegociação de relações políticas e econômicas globais, a impossibilidade de desconexão de circulações globais é ilustrada pela própria difusão do discurso do nacionalismo econômico, embora concebido e implementado diferentemente, em resposta a contextos históricos e políticos específicos. Com base nas possibilidades das antropologias mundiais, os autores constroem análises conectadas dos efeitos vividos e das contradições das políticas econômicas nacionalistas, por meio de exemplos etnográficos do Brasil, da Índia, de Uganda e dos Estados Unidos. Analisando esses contextos comparativamente, o artigo enfatiza a natureza plural, transhistórica, transnacional, generificada e contestada das políticas e discursos nacionalistas econômicos no mundo, apontando para a necessidade do aprofundamento de pesquisas empíricas sobre os diversos sentidos e mobilizações políticas de projetos nacionalistas econômicos.
Palavras-chave:
Cidadania; Nacionalismos econômicos; Política econômica; Transnacional; Antropologias mundiais