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DISSONÂNCIA EM CONCERTO: A INAUGURAÇÃO DA SALA SÃO PAULO

DISSONANCE IN CONCERT: THE OPENING OF THE SALA SÃO PAULO

Resumo

Neste artigo proponho uma análise do concerto de inauguração da Sala São Paulo, em 9 de julho de 1999, evento que entendo ser o principal marco da chamada reestruturação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), iniciada após a morte de Eleazar de Carvalho, em setembro de 1996. A escolha da data da inauguração (9 de julho) e do nome do concert hall (Sala São Paulo) são alguns dos muitos índices que revelam o sentido de um projeto de orgulho paulista, em que os conflitos e contradições da experiência social seriam borrados pela a dimensão supostamente universal e atemporal da música clássica. Por meio de um esforço de reconstrução de tipo etnográfico do evento de inauguração, discuto de que maneira vozes dissonantes se fizeram ouvir, revelando as contradições do projeto da orquestra.

Palavras-chave
Música clássica; orquestras sinfônicas; Osesp; Sala São Paulo; etnografia

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