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“SOMOS DESCENDENTES!” − CONTRANARRATIVAS E AGENCIAMENTOS MUSICAIS DOS COLETIVOS DE TCHABETA NA ROÇA AGOSTINHO NETO (SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE)

“WE ARE DESCENDANTS!” CONTRANARRATIVES AND MUSICAL AGENCIES OF THE COLLECTIVES OF TCHABETA IN ROÇA AGOSTINHO NETO (SÃO TOMÉ AND PRÍNCIPE)

Resumo

Cabo Verde, localizado na costa ocidental da África, é reconhecido como país marcadamente migratório. Entre vários destinos das pessoas cabo-verdianas, a experiência migratória em São Tomé e Príncipe foi concebida e narrada como o retrato da “pior migração” cabo-verdiana, por reverberar a experimentação da escravidão e reforçar uma negritude renegada. À luz da forma como a prática musicocoreográfica tchabeta aparece mobilizada no quotidiano das pessoas cabo-verdianas e os descendentes em São Tomé e Príncipe, as musicalidades constituem um mecanismo de reterritorialização e criação de um território existencial no arquipélago santomense. O que está em jogo é uma reatualização dos vários cristais de tempo: um batuko reprimido e silenciado do tempo colonial/do branco para um tchabeta que permite outros espaços e outros modos existenciais no território santomense.

Palavras-chave:
Tchabeta; reterritorialização; territórios existenciais; São Tomé e Príncipe; Cabo Verde

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