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JORGE AMADO E SEUS CAMARADAS NO CÍRCULO COMUNISTA INTERNACIONAL1 1 Esse artigo resulta estágio de pós-doutoramento na École de Hautes Études em Sciences Sociales (EHESS), em Paris, de novembro de 2009 a fevereiro de 2010. Acordo Capes-Cofecub nº 527/2006, coordenado por Denis Rolland e Daniel Aarão Reis. Agradeço, também, a Afrânio Garcia e Michael Löwy, interlocutores na França. O texto tem caráter, sobretudo, narrativo, de reconstituição de uma história ainda pouco conhecida e estudada. As várias notas de rodapé remetem às fontes, mas foram elaboradas de tal forma que podem ser dispensáveis para uma leitura mais fluente.

Resumo:

O artigo busca elucidar aspectos da relação de artistas brasileiros e latino-americanos com a imprensa cultural comunista francesa e com o movimento comunista internacional do fim dos anos 1940 a meados dos 1950, no contexto da Guerra Fria. Os contatos no exterior foram fundamentais para a inserção internacional de latino-americanos, bem como para sua formação intelectual e política. A imprensa comunista francesa desempenhou papel importante para divulgar a obra de artistas latino-americanos, notadamente os que moraram em Paris. Alguns deles conseguiram lugar de destaque na rede comunista, especialmente por sua atuação no movimento pela paz mundial, como o poeta chileno Pablo Neruda e o romancista brasileiro Jorge Amado. Ele foi o principal artista brasileiro a beneficiar-se da internacionalização a partir do exílio em Paris, abrindo caminho também para a difusão de obras de amigos estrangeiros no Brasil e de brasileiros no exterior. São abordados ainda os dilemas dos artistas comunistas diante das perseguições e recompensas no auge do stalinismo.

Palavras-chave:
Artistas comunistas; Realismo socialista; Jorge Amado; Imprensa comunista francesa; Conselho Mundial da Paz

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