Resumo
Este artigo analisa as relações entre sociologia e pesquisa de mercado e opinião pública na Argentina desde o retorno à democracia. Se essas atividades constituem práticas profissionais nas quais os sociólogos têm atingido uma estendida presença e visibilidade pública (em empresas, órgãos estatais, partidos e organizações políticas), constituem também atividades fortemente tensionadas com o modelo de sociólogo transmitido nos espaços de formação e cursos universitários. Nesse sentido, não é estranho que aqueles sociólogos dedicados aos estudos de mercado e de opinião pública experimentem uma forte crise "vocacional" e mantenham uma relação conflituosa com suas atividades. Fundamentado em um extenso trabalho de campo, este artigo analisa diversas dimensões da prática desses profissionais: formação e trabalho, ingresso na atividade, diferenças entre pesquisa de mercado e estudos de opinião pública, relações com os clientes ou empregadores, e vinculações com as instituições e pares acadêmicos.
Palavras-chave
Sociologia; Pesquisa de mercado; Estudos de opinião pública; Universidade de Buenos Aires; Argentina