Resumo
A flexibilização do trabalho atinge também o campo da música erudita. Muitos músicos atuam por projetos e têm múltiplos empregos, lidando com a incerteza econômica e a falta de garantias profissionais. Este artigo analisa os músicos da Orquestra de Câmara Theatro São Pedro, localizada em Porto Alegre e mantida somente com recursos privados, mostrando que eles sobrevivem exclusivamente de atividades ligadas ao campo da música, por meio dos cachês que recebem pelos concertos e pela atuação em outros serviços musicais. Mediante pesquisa etnográfica que incluiu assistência a ensaios e concertos, bem como entrevistas, foi possível mostrar como a flexibilização do trabalho afeta os artistas que se inserem nesse segmento do mercado de trabalho musical.
Palavras-chave:
Trabalho flexível; precarização; música erudita; profissão de músico; Orquestra de Câmara Theatro São Pedro de Porto Alegre