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TEMPO, ORALIDADE E ESCRITA: A SOCIEDADE HISPANO-COLONIAL ATRAVÉS DO ESTUDO DE UM PROCEDIMENTO JUDICIAL* * Agradeço a Mariza Peirano pelas suas valiosas leituras e comentários, também aos integrantes do Núcleo de Antropologia da Política (Museu Nacional/UFRJ), onde tive a possibilidade de discutir uma primeira versão deste texto, e aos pareceristas anônimos pelas suas sugestões.

TIME, ORALITY AND WRITING: HISPANIC COLONIAL SOCIETY THROUGH THE LENS OF A COURT CASE

Resumo

Este artigo aborda as experiências e perspectivas locais da categoria tempo nos territórios austrais e periféricos do império espanhol na América. A partir do exame da documentação de um processo de juicio de residencia dirigido a um governador da província de Tucumán em 1763-1764, indaga-se de que modo a oralidade e a escrita operavam na construção e representação do passado, do presente e do futuro. Enquanto o julgamento se realizava, o registro transformava a palavra oral em texto escrito. O artigo examina como o passado era construído por meio de testemunhos orais, como o presente configurava o tempo em que a ação de escrever fixava esse passado, e como o futuro tornava-se palpável pela permanência do objeto-texto. Esta abordagem envolve uma reflexão sobre a escrita desse expediente como uma ação significativa, cujo valor ia além do conteúdo referencial do discurso.

Palavras-chave
Tempo; Oralidade; Escrita; Juicio de residencia; Sociedade hispano-colonial

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