Seleção
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Voluntário A: Então, mais ou menos uma vez por mês tem uma palestra em que eles explicam um pouco mais o que é o voluntariado daqui e também os setores em que você pode atuar. E aí você já começa o seu processo, se é realmente isso que você quer, se você se identificou com o que eles falaram. Você coloca os dias em que você tem disponibilidade, os horários, e aí você é chamado para uma segunda etapa, que é como se fosse uma dinâmica, onde é explicado com mais detalhe as funções que você tem, como que trabalharia, que tipo de atividade você exerce, e eles te mostram praticamente todos os setores. E aí, tendo a certeza de que é isso que você quer, você coloca lá […] o que você gostaria. |
Voluntário B: Eu me inscrevi. Aí você vem para uma palestra, e ela [a coordenadora] te fala tudo, do comprometimento que a gente tem que ter. Eu coloquei lá meus objetivos, onde eu gostaria de atuar dentro do hospital. Depois eu passei por uma entrevista com a minha coordenadora, que hoje é minha coordenadora do setor. |
Voluntário C: Eu vim até o hospital, até o departamento, e manifestei o meu desejo de ser voluntária. E aí você passa por um processo, você assiste uma palestra, e eles expõem os lugares disponíveis, que… Ah, primeiro eles perguntam o que você gosta, né? |
Voluntario D: Primeiramente, você vem aqui ou então liga para cá, né? Aí eles te mostram que tem uma reunião, uma vez por mês, se não me engano. Também tem quase nove anos, a gente esquece, né?! Aí você… É feita essa reunião, aí você escolhe qual a área que você gostaria de atuar. Tinha mais o teste, eles sempre perguntam da sua área, dão uma pesquisada para ver se realmente você tem perfil para atuar nessa área. E aí, se não der certo, você pode mudar de área. |
Voluntário E: A gente vem e se inscreve. “Quero trabalhar como voluntária aqui”. Então, eles veem onde tem vaga, porque nós somos quase quinhentos voluntários. Veem onde tem vaga e, depois, eles chamam para a gente ter uma espécie de um curso, explicando qual é o trabalho, como é o trabalho que se desenvolve, tudo direitinho, e a gente fica um tempo, assim, de estágio. A nossa chefe vê que somos legais. |
Voluntário F: No meu tempo era mais simples. No meu tempo não tinha o psicólogo, tinha a palestra que todo mundo participa, onde é apresentado todos os setores em que o voluntariado atua. Você faz um currículo, o que você fez, o que você faz, quantos anos, se tem filho, se não tem. Sabe, essas coisas para um currículo. […] Passei por dinâmica de grupo. Depois você passa por uma entrevista com a coordenadora do setor. |
Treinamento
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Voluntário A: São três meses. A gente tem que fazer os treinamentos, a gente passa por… Todo ano tem treinamento. Está começando uma nova etapa de treinamento agora, a gente recebe várias informações da Instituição Einstein, várias informações do voluntariado. A gente tem que passar por esse treinamento, tanto da parte do Einstein como do hospital, a parte de emergência, a parte de como é uma instituição de hospital. Muitas pessoas nunca trabalharam dentro de um hospital e nem sabem como é, então eles explicam bem essa parte. E a gente recebe como se fosse uma apostila falando como que deve ser, sua conduta, como são os valores, missões da empresa, tanto da parte de voluntariado como do Einstein, uniforme, como você deve se portar, quais são as características de um voluntário do Einstein aqui. |
Treinamento
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Voluntário B: Passei por treinamentos, junto com outras voluntárias do meu setor, passei por integração com o RH, e depois de 60 dias fazendo todos esses treinamentos, fazendo essa integração com o hospital, aí eu fiquei sozinha. |
Voluntário C: Você tem um treinamento, você fica em um período até de… você fica uns dois meses, aí nesse período eles vão te analisando, se você dá ou não. Você tem esse período, eles vão te analisando, se você conseguir tudo bem. Nesse período você fica com alguém te ajudando, um coordenador, um outro voluntário. E depois você tem que ficar sozinho. |
Voluntario D: você fica três meses em teste, para ver se é realmente aquilo que você quer fazer. Se você, vamos supor, não gostar, você tem a oportunidade de mudar. Mas aí eu fui para lá e adorei Paraisópolis. Nesses três meses você sempre acaba fazendo com a coordenadora. Não é que você é largada sozinha. Não. Você tem três meses junto com a coordenadora para você realmente aprender a sua função. Para poder lidar com cada problema que possa aparecer no meio do caminho. |
Voluntário E: Eles chamam para a gente ter uma espécie de um curso, explicando qual é o trabalho, como é o trabalho que se desenvolve, tudo direitinho, e a gente fica um tempo, assim, de estágio. A nossa chefe vê que somos legais. |
Voluntário F: Por exemplo, eu sou a coordenadora da quimio hoje. Eu, quando escolho alguém, eu fico três meses do lado das pessoas que é para ensinar tudo e, olha, eu não escondo nada. […] Então, eu faço questão de treiná-lo. |
Capacitação
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Voluntário A: Sim, a gente recebe bastante convite, tanto de eventos mesmo, que acontecem internamente no Einstein, apresentações, entretenimento, como alguns, assim, de ajudar o pessoal, autoconhecimento, como de ajuda… Enfim, eu já recebi vários tipos de convites. Então, eles promovem bastante atividades para gente. Como voluntário, então, se a gente quiser, a gente consegue ter várias outras atividades, não só a do trabalho do voluntariado. Então, a gente consegue assistir a um concerto, que já aconteceu, vêm alguns trabalhos de Paraisópolis, que é uma unidade onde o Einstein trabalha também com voluntariados, ou você pode receber palestras de autoconhecimento, de ajuda. Eles ajudam bastante com relação a isso. |
Voluntário B: Sim. |
Voluntário C: Você sempre faz uma reciclagem. |
Voluntario D: Nós sempre temos esses cursos também, para ir atualizando, sabe? Então… Necessários, então hoje eu vou ficar até as quatro, sabe? |
Voluntário E: Ah, sim. Sim. De seis em seis meses. |
Voluntário F: Nós fizemos o curso para identificação do paciente. Porque não é qualquer um. Você tem que ter o curso e saber como você vai identificar o paciente. Como colocar a etiqueta, uma para que ele veja, a outra para o médico ou que quem vai atendê-lo veja. Todas essas coisas. Nós temos curso para isso. É uma coisa profissional, todos recebem, não só aqui, me dão, quantos cursos, um milhão de cursos que eu fiz aqui. |
Controle
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Voluntário A: Sim, todos os dias a gente preenche um relatório bem simplificado, mas que com certeza dá muitos dados para o pessoal do voluntariado, de quantas pessoas a gente atendeu e também a quantidade de pessoas que tem internadas naquele local que você está. E isso aí a gente tem que fazer todos os dias, para eles terem uma noção de como está indo. |
Voluntário B: Nós temos reuniões a cada semestre, do meu setor e do voluntário tem encontro uma vez por ano, aqui mesmo no hospital, todas as voluntárias do hospital. Então eles colocam qual foi o objetivo alcançado e qual é o objetivo para o próximo ano, quem elas… o que pretende alcançar. |
Voluntário C: Você sempre é avaliada, eu acho isso importante. […] De repente você acha que está ajudando, ajuda de uma determinada forma, e não está, na visão, assim, do hospital como um todo. Você sempre é avaliado e você faz uma avaliação também do teu pessoal, que de repente está indo bem, mas de repente tem um que escorrega, você tem que ficar sempre atenta para nunca sair nada da engrenagem ali, entendeu? |
Controle
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Voluntario D: Nós temos uma ficha que nós temos que preencher. Todos os dias que nós fazemos o nosso plantão, o número de atendimentos que nós fazemos, tanto na parte de telemarketing como na parte de leitos e UTI. |
Voluntário E: Sim. E, a cada seis meses, nós temos uma reavaliação. Agora vamos ter, assim, para explicar como está a situação atualmente, o que mudou, o que não mudou. O que não deixa de ser uma forma de controle. Então, a cada seis meses, nós somos chamados para…por exemplo, eles mandam para nós, pela internet, várias datas. Então, a gente escolhe qual é a data e o horário que nós podemos ir, nos inscrevemos e recebemos. |
Voluntário F: Porque são três meses [no treinamento], um mês e meio você avalia e eles avaliam se gostam mesmo para ninguém perder tempo. […] Aqui com o voluntariado, que é também dirigido pelo ISO 9001. Eu mesma acho que fui diversas vezes auditada. […] Tem sim. Tem o acompanhamento inicial. Mas depois é tarefa. |
Planejamento
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Voluntário A: A gente tem reunião com a nossa coordenadora a cada semestre, para realmente discutir, conversar, entender coisas novas que estão vindo, então a nossa coordenadora conversa muito com a gente, e é bom também, porque é uma hora que a gente reúne todas do mesmo setor. |
Voluntário B: Com relação a ela [coordenadora do setor], uma coisa que eu puder falar, eu sempre me dirijo a ela. |
Voluntário C: Mas você tem sim, você não pode fazer, você vai com o tempo anotando sugestões. Por isso que são feitas essas reuniões setoriais, ou essas reuniões extras que eu também te falo que a gente faz. De repente, a gente fala em conjunto: “vamos dar uma sugestão” […]. Por exemplo, às vezes mudanças que ocorrem, que eles acham que sejam necessárias, eles te comunicam e você tem que fazer, mas eles estão abertos a sugestões. |
Voluntario D: Duas vezes por ano nós temos reuniões com os nossos coordenadores. Então, nessas reuniões, aí sim você pode tentar mostrar que existem aspectos que estão falhando, que podem ser melhorados. Então, a princípio você passa, que nós temos uma hierarquia né, você passa para a sua coordenadora e, aí sim, depois, a coordenadora tem a reunião dos coordenadores, então aí eles discutem para tentar melhorar aquilo que pode ser melhorado. Porque existe essa hierarquia, apesar de que eles dão liberdade, então se tiver alguma coisa a gente até conversa, mas a princípio tem que manter a hierarquia. |
Voluntário E: Só nas reuniões das voluntárias. Não direto em diretoria. Essas coisas, não. Só durante as reuniões das voluntárias com a minha chefe. |
Voluntário F: Todas as sugestões são apresentadas à coordenação do setor. O pessoal voluntário não se dirige diretamente à diretoria, pois existe uma hierarquia a seguir. Eles fazem o planejamento, os voluntários apenas dão sugestões de melhoria que posteriormente são levadas à diretoria e analisadas. |
Reconhecimento
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Voluntário A: Alguns médicos, algumas pessoas que dão esse feedback para a gente, falando que nosso trabalho é muito importante, enfim, ou alguma coisa específica de algum paciente que deu certo de a gente conseguir ajudar de alguma forma. |
Voluntário B: Tem no paciente, que faz o reconhecimento por escrito. Eles sempre fazem por escrito, isso vai direto para a diretoria. Tem paciente elogiando o atendimento de todas as voluntárias do nosso departamento. |
Voluntário C: Olha, o que existe é o retorno que eu te falei, da pessoa. Reconhecimento, por exemplo, aqui da direção, eu não sei se pode ser um reconhecimento, mas eu, por exemplo, era voluntária e eu fui… me recomendaram como coordenadora. Então, para mim foi reconhecimento, porque eu acho que eles depositaram confiança no meu trabalho. Acreditaram no meu trabalho. Então é importante. […] Eu converso com alguns médicos, você acaba conhecendo e tal, e eles mesmo falam como é importante o trabalho, como é importante ter uma voluntária, um voluntário para ajudar, para humanizar o hospital. |
Voluntario D: Sim, com certeza. Sempre agradecendo. Muitos até falam que pensam em um dia ser voluntário, então a gente até indica se quiser, mas a maioria, sempre muito agradecido pelo trabalho, porque às vezes são pessoas não recebem nem visita. Então só o simples fato de você entrar e conversar um pouquinho com aquela pessoa, sabe, ela já se sente realizada naquele dia. |
Reconhecimento
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Voluntário E: Bom, nós temos um almoço maravilhoso no fim do ano que o hospital convida a gente e tudo. É um salão muito chique e muito bonito que a gente vai no fim do ano. Não tem essa coisa de dar medalhinha. Por exemplo, se derem o meu nome é porque sabem o meu valor aqui. Depois, no meio do ano, quando tem essa reavaliação, vamos dizer, tem aqui o Viena, que é um restaurante muito conhecido aqui, eles convidam as voluntárias para um lanche ou uma coisa assim. |
Voluntário F: Lá no meu outro departamento, quando eles estavam em reforma, fazendo a planta, eles me chamaram para participar, para ver como é que ia ser. Então, você não é voluntário, você é parte daquilo mesmo. |