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Narrativas de trabalhadores(as) do sexo sobre clientes com diversidade funcional: poderá a formação melhorar a saúde sexual em Portugal?

Resumo

As pessoas com diversidade funcional enfrentam barreiras que limitam suas vidas sexuais. Em Portugal, alguns indivíduos com incapacidades físicas demonstraram interesse em recorrer à assistência sexual, prestada por profissionais com formação, para responder às suas preferências e necessidades sexuais. Contudo, trabalhadores(as) do sexo, sem formação específica, representam a única forma de aceder a serviços sexuais comerciais. Assim, este estudo foca as experiências de trabalhadores(as) do sexo que prestam serviços a clientes com diversidade funcional. Treze entrevistas a trabalhadores(as) do sexo foram analisadas pelo método proposto por Braun e Clarke. Os principais resultados demonstraram que os clientes do trabalho sexual são majoritariamente homens e que as especificidades inerentes tanto à falta de formação como às relações estabelecidas tendem a gerar sentimentos de constrangimento nos(as) profissionais. Finalmente, concluiu-se que a formação aliada à educação sexual e uma reflexão crítica sobre as diferenças de gênero existentes no recurso ao sexo comercial são fundamentais para melhorar a saúde sexual daqueles(as) que escolhem os serviços sexuais como forma de expressão sexual.

Palavras-chave:
Sexualidade; Diversidade Funcional; Trabalho Sexual; Assistência Sexual; Saúde Sexual; Portugal

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