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Usos da “Luz” e da “cracolândia”: etnografia de práticas espaciais1 1 Este texto é um fragmento adaptado e atualizado de descrições contidas na tese de doutorado “Corpos abjetos: etnografia em cenários de uso e comércio de crack”, financiada integralmente pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e defendida em maio de 2012 junto ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de Campinas (Unicamp). Parte do conteúdo foi apresentada no Fórum “Questões em torno da chamada cracolândia”, realizado durante a 28 RBA, em São Paulo. Esse fórum, coordenado por Heitor Frúgoli Jr., contou também com a participação de Mariana Cavalcanti e Antônio Rafael Barbosa, aos quais agradeço. Pequenas partes do texto foram ainda traduzidas para o espanhol e publicadas no desinformemonos, um veículo mexicano de comunicação independente.

Introdução:

ão há quem, no Brasil, não tenho ouvido falar da “cracolândia” paulistana. Ela é fonte inesgotável de notícias, de histórias e de pânico. A mais famosa territorialidade de uso de crack do país é considerada lugar que se deve evitar, lugar de perigo, lugar degradado. Também de degredo. E, por isso mesmo e em vários aspectos, lugar de grande atração. Pensar sobre ela exige criatividade e rigor.

Objetivos:

Numa direção contrária às visões alarmistas, esta territorialidade será descrita a partir da sua relação com o entorno, notadamente o bairro da Luz, afastando-se de abordagens que tomam tais espaços como fronteiras impenetráveis, isoladas fisicamente e, pior, moralmente.

Procedimentos Metodológicos:

Serão destacadas etnograficamente a grande quantidade de pessoas que por ali circula, bem como os distintos usos e práticas espaciais observados.

Resultados:

com esta etnografia, pretende-se conferir visibilidade às disputas, interações e conexões que fazem uma cidade e contribuir para uma visão acurada desta territorialidade.

Crack; Cracolândia; Luz; Etnografia urbana


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