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A cotidianidade do cuidado na vida de mulheres familiares de crianças atendidas em um CAPSi de Santos

Resumo

A saúde mental infantil tem ganhado notório espaço em pesquisas brasileiras e internacionais. Sabe-se que o cuidado com crianças, além de requerer certas especificidades, exige uma consolidada rede de apoio, sendo um dos agentes cuidadores a família. Nota-se, no cuidado realizado pela família, um processo de feminização: mães, avós, irmãs ou outras familiares estão marcadamente mais presentes nos grupos para familiares oferecidos pelos CAPSi. Este artigo apresenta alguns resultados de uma pesquisa de iniciação científica, cujos objetivos foram identificar e compreender quais são as práticas cotidianas de cuidado realizadas por mulheres familiares, cuidadoras das crianças atendidas em um CAPSi de Santos e os apoios recebidos dentro e fora do serviço. A pesquisa qualitativa utilizou como técnica entrevistas em profundidade, com roteiro semiestruturado, realizadas por telefone, para a escuta dessas mulheres, escolhidas com base em informações dadas por profissionais do serviço. Identificou-se, nos relatos, categorias nativas em relação ao cuidado: rotina, normal e apoio. Essas categorias foram mencionadas pelas mulheres para definir o cuidado cotidiano com as crianças. Percebeu-se que a cotidianidade do cuidado o caracteriza como “normal” para elas, não sendo considerado como um fardo em suas vidas e sequer problematizado.

Palavras-chave:
Cuidado; Mulheres; Crianças; Saúde Mental Infantil; CAPSi

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