Este estudo abordou a condição de trabalho com deficiência no comércio ambulante de São Paulo, enquanto vivência de processos de exclusão e, paradoxalmente, de inclusão social. O trabalho é concebido pelos ambulantes como elemento que proporciona relacionamentos sociais e confere dignidade e respeito na rede de relações das próprias vidas, mas o plano da sociabilidade, porém, mostra-se contraditório. No ponto de vista do processo de trabalho, a atuação no comércio ambulante revela traços de degradação moral e política; a permanência de um esquema de corrupção, a imposição da subordinação, etc., expressam uma exclusão social, mas os vendedores ambulantes com deficiência não podem ser considerados excluídos. É mais apropriado considerar que aproximam-se da zona de vulnerabilidade, caracterizada por Castel pela instabilidade ocupacional e relacionai.
deficiência; trabalho; setor informal; inclusão social; exclusão social