Estudo exploratório que objetivou conhecer a visão de atores sociais do Programa de Saúde da Família da cidade de São Paulo sobre a informação contida nas relações entre os Agentes Comunitários de Saúde e os usuários. Foram entrevistados: Chefias das Unidades, Médicos, Enfermeiros e Agentes Comunitários de Saúde, entre agosto e setembro de 2002. Os discursos dos gerentes e profissionais de saúde demonstram tendência de que a informação do ACS deva se ater a questões administrativas e à organização dos serviços, mediada e decidida pelos profissionais de saúde, evitando informação sobre patologias ou agravos à saúde. O discurso predominante dos ACS, apesar de compreenderem que não faça parte de sua função conhecer o diagnóstico dos pacientes ou informar sobre tratamentos, medicamentos e resultados de exames, denota o interesse na maior compreensão das patologias dos usuários, no sentido de auxiliá-los em suas demandas. Seu posicionamento, de acordo aos propósitos do PSF, não demonstra tentativas em se apropriar das competências dos outros elementos da equipe de saúde.
Bioética; Ética das organizações; Informação