RESUMO
A multidimensionalidade da pobreza foi premissa central do Plano Brasil Sem Miséria (2011-2014), que visava a erradicar a extrema pobreza no País. A Fundação Oswaldo Cruz coordenou um programa de indução à pesquisa em saúde que promoveu investigações destinadas a produzir conhecimento para mitigar problemas relacionados à miséria. O estudo de avaliabilidade foi orientado pelo instrumento teórico-metodológico da Teoria da Mudança, que permitiu traçar o caminho do cenário inicial para um cenário esperado, com base nos resultados da indução, representados no modelo lógico do programa, no qual também foram descritos a estrutura, os processos e os resultados. A partir da análise documental e entrevistas com stakeholders das instituições envolvidas foi possível identificar os objetivos do programa, os resultados esperados, o público beneficiado pelo programa e o público beneficiado pela avaliação dos resultados do programa. Este estudo orientou o planejamento da avaliação que se seguiu, bem como a definição do modelo canadense de mensuração do retorno de investimento em pesquisa em saúde como estratégia metodológica. As limitações foram reconhecidas, bem como os pontos que favoreceram a implantação e o desenvolvimento do programa de indução. Espera-se, ainda, que este estudo possa contribuir para avaliações e/ou pré-avaliações de outros programas com escopo semelhante.
PALAVRAS-CHAVE: Áreas de pobreza; Pobreza; Brasil; Avaliação de programas e projetos de saúde