RESUMO
Políticas de saúde voltadas para pessoas com deficiência podem ser compreendidas como uma expressão dos reiterados processos de exclusão e silêncio impostos por relações culturais e políticas. Entender os diferentes modelos conceituais e as palavras usadas para se referir a esse grupo é essencial para a mudança dessa perspectiva, bem como para a melhoria de dados epidemiológicos sobre a deficiência. O objetivo deste ensaio é discutir a relação entre modelos teóricos da deficiência, as múltiplas formas de denominação, a epidemiologia da deficiência e sua relação com políticas públicas. Através da compreensão da terminologia utilizada para descrever indivíduos com deficiência, da adoção de similaridades linguísticas entre as instâncias formuladoras e implementadoras de políticas, a sociedade e as próprias pessoas com deficiência poderiam auxiliar nas mudanças de perspectivas de vida ao sugerirem modificações nas políticas públicas e na forma de cuidado.
PALAVRAS-CHAVE
Política de saúde; Estudos sobre deficiências; Pessoas com deficiência