No artigo “A pobreza no Maranhão: uma análise com base na perspectiva multidimensional”, publicado na Sociedade e Estado v. 37, n. 2, p. 407-433, DOI 10.1590/s0102-6992-202237020002, os resultados anunciados apresentam erros, havia uma falha no código de processamento do banco de dados. A falha se deu na identificação da privação nos indicadores que compõem as dimensões Educação e Trabalho. Nesses indicadores, um domicílio é considerado privado se pelo menos um morador do domicílio é privado (de acordo com o critério estabelecido em cada caso). No código, ao invés de se identificar a privação fazendo a leitura de todas as linhas correspondentes aos moradores do domicílio, fez-se a leitura apenas da primeira linha, isto é, do morador ordenado em primeiro lugar. Com isso, parte dos domicílios privados não foram identificados, em função do erro. Isso significa que a pobreza multidimensional tem incidência e intensidade maiores do que as identificadas.
Na página 420, onde foram apresentados os seguintes valores para o estado do Maranhão em 2010: incidência de pobreza multidimensional de 5,51% (91.491 domicílios), intensidade de 35,38% e IPM de 1,95,
Leia-se:
incidência de pobreza multidimensional de 23,85% (396.337 domicílios), intensidade de 38,52% e IPM de 9,19
Na página 421, substituir a Tabela 1, abaixo:
Número e distribuição de domicílios e pessoas segundo pobreza e vulnerabilidade multidimensionais. Maranhão (2010)
por nova tabela:
Número e distribuição de domicílios e pessoas segundo pobreza e vulnerabilidade multidimensionais. Maranhão (2010)
Na página 422, substituir o Mapa 1, abaixo:
por novo Mapa 1, tal como apresentado na página 3:
Ressalta-se que alguns municípios tiveram sua posição corrigida na distribuição por quintis do IPM. Entretanto, o padrão de distribuição espacial é o mesmo, isto é, os municípios mais pobres estão localizados na porção centro-norte do estado e os municípios menos pobres nas porções sul e sudoeste.
Ainda na página 422, onde se lia:
Os municípios com o menor e o maior valor de IPM são, respectivamente, Imperatriz (IC = 1,13%; IT = 35,16%; IPM = 0,40) e Pedro Rosário (IC = 18,45%; IT = 36,47%; IPM = 6,73). A capital São Luís encontra-se no primeiro quintil (IC = 1,33%; IT = 34,25%; IPM = 0,41).
Leia-se:
Os municípios com o menor e o maior valor de IPM são, respectivamente, a capital São Luís (IC = 8,60%; IT = 37,32%; IPM = 3,21) e Brejo de Areia (IC = 56,20%; IT = 39,81%; IPM = 22,37).
Na página 423, substituir o gráfico:
Contribuição relativa dos indicadores em comparação à estrutura do IPM. Imperatriz e Pero Rosário (2010)*
pelo gráfico:
Contribuição relativa dos indicadores em comparação à estrutura do IPM. São Luís e Brejo de Areia (2010)
Ressalta-se que as correções ocorreram na magnitude dos valores, mas os padrões observados na contribuição das dimensões e dos indicadores para explicação da pobreza são os mesmos. Nesse sentido, as dimensões Padrão de Vida e Escolaridade apresentam as maiores contribuições. O mesmo pode ser dito dos indicadores Escolaridade, Trabalho Informal e Consumo. Os indicadores que têm relevância maior do que a identificada anteriormente são: Frequência Escolar, Distorção Idade-série, Trabalho Infantil e Desocupação.
Na página 426, substituir o gráfico:
pelo gráfico da p. 6:
Ressalta-se que, apesar da correção na magnitude das proporções, manteve-se o padrão observado, isto é, existência de uma correlação entre pobreza multidimensional e pobreza monetária, observada pela maior frequência de domicílios pobres multidimensionais nas linhas de indigência e pobreza, em comparação aos grupos de vulneráveis e de não pobres.
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
20 Maio 2024 -
Data do Fascículo
May-Aug 2023
Histórico
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Recebido
13 Abr 2021 -
Aceito
29 Mar 2022