Acessibilidade / Reportar erro

Qual capacidade crítica? Relendo Luc Boltanski à luz de Margaret Archer* 1 . Não obstante as bases da sociologia da justificação tenham sido lançadas por obras escritas por Boltanski e Thévenot, passarei a mencionar apenas Boltanski. Além da maior notabilidade de Boltanski em relação ao seu principal parceiro intelectual, utilizarei como base da argumentação alguns trabalhos que foram escritos após o fim da cooperação teórica. Ademais, os argumentos colocados neste texto parecem não se aplicar à sociologia produzida por Laurent Thévenot depois da ruptura com Luc Boltanski e da “virada pós-humanista” que o caracteriza (Ver Frédéric Vandenberghe, 2006, nota 8).

Abstract

The “sociology of critical capacity” of Luc Boltanski is becoming a major paradigm in social theory. Against the understanding of reflexivity in Pierre Bourdieu critical sociology, Boltanski believes that social actors must be treated as reflexive beings, fully capable to judge and criticize the world. However, this so called “critical capacity” works in his sociology most as a theoretical premise, then as concrete object of inquiry. This text argues that a sociology interested in subjects’ critical capacity cannot simply presuppose it. Most important is to constitute critical capacity as an object of sociological investigation. Redefining the human critical capacity as a reflexive competence, in Margaret Archer terms, is a useful way to do so. Archer’s concepts help us to identify the limits of the Boltanski’s sociology, but also, to amplify its scope.

Keywords:
reflexivity; sociology of critical capacity; inner conversations; Luc Boltanski; Margaret Archer

Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais - Campus Universitário Darcy Ribeiro, CEP 70910-900 - Brasília - DF - Brasil, Tel. (55 61) 3107 1537 - Brasília - DF - Brazil
E-mail: revistasol@unb.br