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Interdependências e interpenetrações civilizatórias: os aromas e sua magia* 1 * Este artigo é resultado de estágio pós-doutoral que ora realizo no Programa de Pós-Graduação em Memória: Linguagem e Sociedade, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Trata-se da continuidade da pesquisa “Perfume: cheiro, civilidade, indústria e afeto: uma perspectiva sociológica”, iniciada em 2013, e que contou, em seu percurso, com auxílio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) e Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

Resumo

O objetivo deste trabalho é discutir a construção sócio-histórica do gosto pelo perfume no Brasil - com especial destaque para a Região Nordeste, notadamente a Bahia - a partir das relações de interdependência e interpenetração entre povos no país. À luz das contribuições de Norbert Elias e de Roger Bastide, o fio condutor do debate é a crença no caráter mágico dos cheiros como elemento de articulação entre religiosidades, costumes e povos heterogêneos em contato. Destacam-se a especificidade das figurações em cada região e alguns dos fatores condicionantes das mesmas, bem como os processos de transformação nas figurações ao longo do tempo, bem como o papel que as curas mágicas podem ter tido na modelação do gosto pelo perfumar-se. Deste modo, a sociologia figuracional aparece em sua potencialidade para dar conta de realidades complexas de interpenetração.

Palavras-chave:
perfume; cheiro; cura; sociologia figuracional; sociologia das interpenetrações

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