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Marias intérpretes do Brasil: aberturas feministas ao pensamento sócio-histórico brasileiro nos legados de Queiroz, Franco e Beatriz Nascimento

Marias Interpreters of Brazil: feminist openings to Brazilian social-historical thought in the legacies of Queiroz, Franco and Beatriz Nascimento

Resumo

À luz da crítica feminista à ciência, o artigo se volta à uma reflexão sobre as interpretações do Brasil, apreendida como o campo de construção do pensamento sócio-histórico brasileiro, a partir dos legados das Marias Isaura Pereira de Queiroz, Sylvia de Carvalho Franco e Beatriz Nascimento. Ao utilizar-me de Florestan Fernandes como índice argumentativo, proponho duas aberturas feministas na produção do conhecimento sociológico:

  1. a abertura sociobiográfica das Marias problematiza a constituição da autoridade e legitimidade intelectual por relações de poder androcêntricas e racistas que configuram o espaço acadêmico das ciências sociais brasileira;

  2. a abertura epistemológica expõe algumas proposições das Marias de encontro ao cânone.

Em veia comum, as proposições desestabilizam a abordagem dualista da formação nacional pautada por oposições dicotômicas entre tradição/atraso e modernidade, conduzindo a outras perspectivas sobre a transformação social.

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