Este artigo se propõe analisar a postura do cientista retirado na sua "Torre de Marfim" e indiferente às coisas do mundo. Baseado na observação da participação de cientistas (freqüentemente cúmplices) em diferentes processos de genocídios, o artigo tenta questionar a disjunção entre a atividade de conhecimento e a atividade de pensamento em função das fundamentações comuns de ambas atividades: observação distanciada e ruptura epistemológica. Deveria o cientista não se tornar o "guia" do mundo sem tornar-se a sua consciência, integrando na postura científica habilidades críticas como o principio da enunciação de possibilidades? Isso não deveria negar o ideal científico, mas ao contrário, deveria provar seu mérito nos laboratórios.
observação distanciada; ruptura epistemológica; ideal científico