Desde tempos coloniais, a Amazônia peruana foi representada, internamente, como uma paisagem altamente sexualizada. Caráter que a imaginação coletiva concentrou nas mulheres de tal região através da emblemática figura da charapa ardente. Esta representação refere-se a uma mulher desejada e sempre disponível para a atividade sexual. Este artigo analisa discursos e experiências das próprias mulheres da região em torno da mencionada representação, demonstrando a ambiguidade dos significados que a ela se associam, como também a participação ativa que elas têm nos processos da sua recriação.
Amazônia; Peru; sexualidade; gênero; representações