Resumo:
O presente artigo resulta da problematização sobre o fenômeno da repressão a setores marginados da sociedade cubana nos primeiros anos da Revolução (1965 a 1968), especificamente contra homossexuais, religiosos, artistas e intelectuais. Partindo da perspectiva foucaultiana, analisamos o contexto sociopolítico em que se desenvolveram estas ações, onde o discurso do líder Fidel Castro teve um papel decisivo. Passando logo à análise dos mecanismos através dos quais se desenvolvia uma estratégia disciplinar e de normalização das pessoas que representavam um modelo distinto ao estabelecido oficialmente. Esta estratégia resultou no dispositivo conhecido como UMAP. Além disso, se reflete sobre o papel da Psiquiatria cubana na implementação destas estratégias e as principais normas jurídicas que outorgaram legalidade a estes dispositivos disciplinares.
Palavras-chave:
Cuba; homofobia; democracia; socialismo; política