Resumo
Este artigo analisa as práticas e os afetos implicados nas atividades de negociação e denúncia protagonizadas por mães ante o poder necropolítico operado no encarceramento de adolescentes nas unidades de internação do Sistema Socioeducativo em Fortaleza, capital do Ceará. Analiso os modos de construção de vínculos coletivos e de pertença ao Grupo, não como unidade fechada e fixa, mas sim como convergência cuja dinâmica é porosa à influência de outros sujeitos e à ação de suas participantes e a expressão pública de uma ética com centralidade no cuidado por meio do protesto. Tomando como eixo de análise o cuidado em contextos sob o poder necropolítico, explicito como violência, gênero, raça e Estado se coproduzem na conformação de lugares sociais de mães em “luta”.
Palavras-chave:
necropolítica; cuidado; mães; gênero; encarceramento