Resumo
Objetiva-se, aqui, avaliar o efeito do manejo do fogo nas transformações das propriedades físicas (granulometria e porosidade), químicas (matéria orgânica e pH) e mineralógica do solo. O estudo foi desenvolvido no distrito de São Pedro da Serra - Nova Friburgo/RJ, área de predomínio da agricultura de corte e queima, com presença de relevo formado por vertentes íngremes e vales encaixados. A região apresenta um clima Tropical de Altitude, caracterizado por verões quentes e chuvosos e invernos amenos e secos. A precipitação média anual é de 1.279 mm, sendo os meses mais chuvosos de novembro a março, e os meses mais secos de maio a agosto, marcando o período sazonal de chuvas (verão) e secas (inverno). Foram coletadas amostras deformadas e indeformadas de solo nas profundidades de 0-5cm, 5-10cm e 10-15cm, em uma área de incêndio (INC - fogo de alta intensidade) e outra com a presença de uma agricultura tradicional de corte e queima (CO - fogo de baixa intensidade). Conclui-se que as propriedades físicas, químicas e mineralógicas do solo têm respostas distintas à perturbação gerada pelo fogo. Os resultados indicam que a área onde ocorreu incêndio (INC), apresenta hidrofobicidade acompanhada de maiores valores de microporosidade. Já no sistema tradicional de corte e queima (CO) há maior percentual de macroporos. Os resultados sugerem que a agricultura tradicional de corte e queima foi o sistema que menos alterou as propriedades do solo.
Palavras-chave:
Agricultura de corte e queima; Incêndio; Propriedades do solo