Resumo
Este artigo foi elaborado a partir de revisão bibliográfica de estudos em antropologia, etnoecologia e sociologia ambiental realizados no Norte de Minas Gerais e de experiências de campo entre comunidades vazanteiras e pescadoras do Médio Rio São Francisco. O objetivo é discutir a importância de pesquisas para a resolução de conflitos ambientais gerados pela implantação de Unidades de Conservação de Proteção Integral em territórios tradicionais. Ao abordar o conjunto de saberes ambientais produzidos por populações tradicionais em suas interações com a natureza, as etnociências permitem compreender melhor a história ambiental humana em determinados espaços e biomas, a formação de identidades e de territorialidades. A compreensão desses processos e elementos é fundamental para apoiar a garantia a direitos humanos e territoriais, combinada a um modelo de gestão compartilhada que possibilite acesso à natureza, seu uso sustentável e preservação.
Palavras-chaves:
Identidades; Etnoecologia; Conflitos Ambientais; Gestão Compartilhada; Desenvolvimento