RESUMO
Fungos fitopatogênicos durante o processo de penetração e colonização são capazes de secretar uma variedade de enzimas, as quais os tornam capazes de infectar o tecido vivo do hospedeiro, atuando na degradação de ceras, cutícula e das paredes celulares. A capacidade de um agente patogênico em produzir ou não enzimas pode determinar o grau de severidade da doença. Foram avaliados 33 isolados de Colletotrichum gloeosporioides relacionados à antracnose e mancha manteigosa do cafeeiro, quanto a sua capacidade de produção de enzimas hidrolíticas (amilase, lipase, protease, lacase, pectinase e celulase) e enzimas específicas degradadoras da parede celular “EDPC” (poligalacturonase, polimetilgalacturonase e pectinaliase), e sua relação com a patogenicidade/agressividade dos isolados. Para todos os isolados de C. gloeosporioides foi possível a detecção de enzimas extracelulares, com exceção de celulases. Os isolados I-9 e I-24 apresentaram os maiores índices de produção de enzimas extracelulares, e assim como de EDPCs. Os mesmos obtiveram os maiores índices de intensidade de doença, sugerindo a relação entre estas e a agressividade dos isolados.
Palavras-chave
enzimas hidrolíticas; parede celular; agressividade