RESUMO
A podridão cinzenta do caule, causada por Macrophomina phaseolina, é uma importante doença do feijão-fava (Phaseolus lunatus L.) no Nordeste brasileiro. Considerando que no Brasil não existem relatos de resistência a esta doença, 37 acessos de feijão-fava foram avaliados pela reação de resistência e estabilidade da resistência contra isolados de M. phaseolina em duas épocas do ano (fevereiro-março e julho-agosto de 2016), visando selecionar genótipos com potencial de utilização no manejo da doença. As sementes foram inoculadas no momento da semeadura, com grãos de arroz com casca colonizados pelo patógeno. As avaliações dos genótipos foram realizadas a cada cinco dias, a partir do décimo dia após a semeadura, com auxílio de escala de notas, discriminando-os em seis classes de reação. De uma população de 37 acessos de P. lunatus não foi observada reação de imunidade a M. phaseolina, no entanto, treze acessos apresentaram os menores níveis de severidade e maior estabilidade nas duas épocas, dentre eles UFPI 892, UFPI 908 e UFPI 905, tendo sido considerados resistentes ao isolado COUFPI 06. A reação de resistência dos acessos considerados resistentes variou conforme o isolado de M. phaseolina. O acesso UFPI 908 expressou os resultados mais promissores de resistência e estabilidade da resistência contra os isolados COUFPI 06, COUFPI 08 e COUFPI 10. Portanto, o acesso UFPI 908 constitui uma fonte promissora de resistência a M. phaseolina, sendo possível a sua utilização em programas de melhoramento e no manejo integrado da podridão cinzenta do caule.
Palavras-chave
Phaseolus lunatus L.; podridão cinzenta do caule; resistência genética