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Crescimento micelial, patogenicidade, agressividade e desenvolvimento de apotécios de isolados de Sclerotinia sclerotiorum do Brasil e dos Estados Unidos em regimes de temperatura contrastantes

RESUMO

Os fungos podem se adaptar a condições ambientais e produzir diferentes respostas fisiológicas. O objetivo deste estudo foi verificar a existência de ecótipos de temperatura para Sclerotinia sclerotiorum em isolados do Brasil e dos EUA. Dez isolados de S. sclerotiorum de regiões tropicais e subtropicais do Brasil e seis dos EUA foram avaliados para crescimento micelial, patogenicidade, agressividade em feijão, canola e soja e formação de apotécio em temperaturas contrastantes. Para o crescimento micelial, independente da origem do isolado, todos cresceram mais rápido a 20oC em comparação com 27oC. Para patogenicidade e agressividade, a severidade da doença foi maior a 20oC do que a 30oC, para todos isolados. Para produção de apotécio, somente isolados do Brasil foram capazes de produzir apotécio sem pré-condicionamento. Com pré-condicionamento a 4oC por 40 dias, os isolados do Brasil e dos EUA produziram apotécio. Nenhum dos 16 isolados foi capaz de produzir apotécio a 30oC, após 40 dias. Os resultados não mostraram uma adaptação de isolados de S. sclerotiorum do Brasil para crescer ou colonizar folíolos em temperaturas mais altas, em comparação com os isolados dos EUA. Apenas escleródios de isolados de S. sclerotiorum do Brasil foram capazes de germinar carpogenicamente sem pré-condicionamento.

Palavras-chave
germinação carpogênica; mofo-branco; temperatura; ecótipo

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