A pesquisa de formulações com agentes biológicos exige estudos com diferentes veículos de aplicação para a seleção dos que permitam a sobrevivência, estabilidade e uma boa distribuição do agente antagônico na superfície a ser tratada. A eficiência de duas leveduras killer, Wickerhamomyces anomalus (cepa 422) e Meyerozyma guilliermondii (cepa 443), associadas com cinco diferentes veículos de aplicação, foi avaliada quanto à proteção do mamão na pós-colheita. Neste trabalho, com 90 dias de incubação a 4 ºC, W. anomalus (cepa 422) e M. guilliermondii (cepa 443) mantiveram-se viáveis em todos os veículos de aplicação testados. Frutos tratados com diferentes formulações (leveduras + veículos de aplicação) tiveram menor incidência de doença (pelo menos 30%) quando comparados a frutos não tratados. No tratamento com W. anomalus (cepa 422) + amido 2% a doença foi 48,3% menor. Nos tratamentos que empregaram a M. guilliermondii (cepa 443), os mais eficientes foram aqueles que utilizaram a gelatina 2% e a cera líquida de carnaúba 2%; ambos reduziram em 50% a antracnose pós-colheita dos mamões. Eletromicrografias do tecido da superfície dos frutos tratados revelaram que todos os veículos de aplicação proporcionaram excelente adesão das leveduras à superfície. As formulações baseadas em amido de milho (2%), gelatina (2%) e cera-de-carnaúba (2%) foram as mais eficientes no controle de doenças fúngicas em pós-colheita de mamão.
Veículos de aplicação; Cera-de-carnaúba; Gelatina; Leveduras killer; Colletotrichum gloeosporioides; controle biológico