Em experimentos conduzidos no campo quantificou-se a densidade de microescleródios de Macrophomina phaseolina nos tecidos radicais de cultivares de soja, naturalmente colonizadas. A densidade de escleródios livres no solo foi determinada em parcelas de rotação de culturas (soja-milho) e de monocultura de soja, tendo início logo após a colheita da soja. Determinou-se a ocorrência de infecção natural de M. phaseolina em raízes de plantas invasoras ocorrentes na área experimental. Na verificação da capacidade de M. phaseolina colonizar substratos mortos, foram expostos no solo naturalmente infestado por 30 e 60 dias, segmentos de hastes mortas das principais espécies vegetais integrantes do sistema agrícola do sul do Brasil. Na quantificação dos escleródios, utilizou-se a metodologia de Cloud e Rupe (1991) e Mengistu et al. (2007). A densidade de escleródios, avaliada por unidades formadoras de colônias (UFC), variou de 156 a 1.108/g de tecido radicial. A longevidade dos escleródios, avaliados pela UFC, foi de 157 dias na rotação e 163 na monocultura. M. phaseolina não colonizou saprofiticamente nenhum segmento morto, de hastes de Avena strigosa,Avena sativa,Hordeum vulgare,Brassica napus,Gossypium hirsutum,Secale cereale,Helianthus annus,Triticosecale rimpaui, e de Triticum aestivum. Mp foi isolado de tecidos radiciais infectados de Amaranthus viridis, Bidens pilosa, Cardiospermum halicacabum, Euphorbia heterophylla,Ipomoea sp., e Richardia brasiliensis. Os mecanismos de sobrevivência de M. phaseolina estudados nesse trabalho contemplaram a longevidade de microeslceródios em tecidos radiciais da soja, livres no solo e a colonização assintomática de plantas daninhas.
Glycine max; densidade de inóculo; podridão cinzenta da raiz; sobrevivência saprofítica